Eclesiástico 40,1-12 – “Uma grande inquietação foi imposta a todos os homens, e um pesado jugo acabrunha os filhos de Adão, desde o dia em que saem do seio materno, até o dia em que são sepultados no seio da mãe comum: seus pensamentos, os temores de seu coração, a apreensão do que esperam, e o dia em que tudo acaba, desde o que se senta num trono magnífico, até o que se deita sobre a terra e a cinza; desde o que veste púrpura e ostenta coroa, até aquele que só se cobre de pano. Furor, ciúme, inquietação, agitação, temor da morte, cólera persistente e querelas. E na hora de repousar no leito, o sono da noite perturba-lhe as ideias. Ele repousa um pouco, tão pouco que é como se não repousasse; e no mesmo sono, como uma sentinela durante o dia, é perturbado pelas visões de seu espírito, como um homem que foge do combate. No momento em que (se julga) em lugar seguro, ele se levanta e admira-se do seu vão temor. Assim acontece a toda criatura, desde os homens até os animais. Mas para os pecadores é sete vezes mais. Além do mais, a morte, o sangue, as querelas, a espada, as opressões, a fome, a ruína e os flagelos foram todos criados para os maus, e foi por causa deles que veio o dilúvio. Tudo o que vem da terra voltará à terra, como todas as águas regressam ao mar. Todo presente e todo bem mal adquirido perecerão; a boa fé, porém, subsistirá eternamente”.
Em tempos como os que vivemos, acabrunhados de problemas e tribulações, precisamos recordar as palavras de Jesus que nos manda mantermos o coração sem perturbações. Isso só é possível se vivermos sob sua paz, não a paz do mundo que já está comprovadamente mostrado ser ineficiente. Em suas orações as pessoas sempre pedem o fim das tribulações e sofrimentos. Todavia a bíblia nos ensina a sofrer e aceitar com resignação aquilo que Deus nos enviar. Seus desígnios são muitas vezes incompreendidos porque as pessoas não associam o que ele nos envia ou permite, por amor, com a dor e sofrimentos.
Se pensam assim, não acreditam que Jesus fez o que fez por todos, por amor. A dor é filha do amor. Os santos pediam em suas orações forças para suportar os sofrimentos, por amor a Deus. Em Fátima, Nossa Senhora pediu aos três pastorinhos (crianças!) se aceitariam de bom grado todos os sofrimentos enviados por Deus para a conversão dos pecadores. Pessoal! – crianças de sete, oito e dez anos! Nós não temos desculpas. Por isso Jesus se queixou aos apóstolos se iria encontrar alguém com fé quando do seu retorno glorioso.
As pessoas não lidam com a vida em sua totalidade, querem separar a incerteza da vida, dia após dia, com a certeza da morte em certo dia; querem separar de suas vidas as dores advindas e queridas por Deus, como se elas não combinassem com o amar. Mas amar, como Deus nos pede não é amar como o mundo ensina, por isso as pessoas querem fugir das purificações divinas. E se essa pandemia for seguida por consequências maiores ainda? E se caminhamos pela época da grande tribulação? Muitos pedem as coisas e quando rezam pedindo que seja feita a vontade de Deus na oração do pai nosso, inconscientemente ou propositalmente, só desejam as coisas boas; Deus provê as coisas necessárias. Nossa realidade é muito diferente dessa vida de parque de diversões que o mundo insiste em pregar e que nem pode manter.
Fonte: Jefferson Roger
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