O ser humano, desejado e criado por Deus, por ele foi
ensinado que precisamos do que é essencial para viver. Tanto é que nos providencia
tudo que precisamos para isso. Aí começam os problemas.
O ser humano julga que aquilo que quer é o que precisa e
quando não obtém não percebe que não recebe o que deseja da parte de Deus porque
não consiste esse desejo em algo que contribua para a salvação do sujeito.
O mundo caminha sobre engrenagens de consumo e vaidades.
Tudo praticamente é rotulado por ele como algo que pode ser consumido, depois
descartado. Tudo vira papel higiênico e essa é exatamente a técnica que o
encardido – nas palavras do Padre Léo – utiliza para convencer as pessoas sobre
o mal, dando a este, ares de bom.
Ele usa a pessoa com o seu intuito de perde a alma e depois
da conquista a deixa soterrada no lamaçal dos pecados, incapazes de trilhar um
caminho diferente. Ele tira a vergonha da pessoa para que ela peque e depois
que pecou a devolve, para que não consiga arrepender-se o suficiente e superar
essa condição para confessar-se.
Evidente que existe a preservação da dignidade humana; muitos
não possuem o essencial e onde então se coloca Deus nessa equação? Chamamos
isso de mistério, a compreensão humana não alcança todas as verdades celestes,
só as reveladas. Ademais, o que importa mesmo é a segunda e eterna parte de
nossa existência: situada depois da morte.
Santos diziam que gostariam de passar por todos os
sofrimentos possíveis em vida para poderem gozar mais alto grau de glória no
céu. Temos que viver com o essencial que Deus determina para cada um e não com
o pacote essencial de desejos que montamos achando que isso é o mínimo
necessário. Como nos enganamos se Deus e o que ele nos provê não for suficiente.
Fonte: Jefferson Roger
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