Eclesiástico 2,11-13 – “Considerai, meus filhos, as gerações
humanas: sabei que nenhum daqueles que confiavam no Senhor foi confundido. Pois
quem foi abandonado após ter perseverado em seus mandamentos? Quem é aquele
cuja oração foi desprezada? Pois Deus é cheio de bondade e de misericórdia, ele
perdoa os pecados no dia da aflição. Ele é o protetor de todos os que
verdadeiramente o procuram”.
Eis aí, caro leitor, grandes máximas da nossa verdade de fé.
Confiar em Deus é garantia certa. Como o filho que se lança aos braços da mãe
com plena certeza de que será pego, não há como sermos confundidos com os
ímpios – os que viraram as costas para Deus – e que por isso caminham ladeira
abaixo agindo como seus inimigos. Perseverar é algo que foi recordado pelo
Cristo: perseverar até o fim para que sejamos salvos.
O dono dos mandatos divinos, cheio de bondade e
misericórdia, não imputaria um fardo como os mandamentos se não nos fosse dado
meios para o cumprimento. Não seria uma baita sacanagem? Seria sim, além de uma
grande mentira bíblica. A nosso respeito Deus dá quando quer e tira quando
quer. No livro de Jó vemos essa natureza do altíssimo também atestada na vida
dos santos.
Não devemos confundir com o ditado que diz que se tira o
pirulito da boca, depois que sentir o gostinho. O amor do nosso criador de
longe não se parece com o amor mundano, carnal. O duríssimo amor divino,
corrige e castiga aqueles que ama:
Hebreus 12,5-9: “Estais esquecidos da palavra de animação
que vos é dirigida como a filhos: Filho meu, não desprezes a correção do
Senhor. Não desanimes, quando repreendido por ele; pois o Senhor corrige a quem
ama e castiga todo aquele que reconhece por seu filho (Provérbios 3,11s).
Estais sendo provados para a vossa correção: é Deus que vos trata como filhos.
Ora, qual é o filho a quem seu pai não corrige? Mas se permanecêsseis sem a
correção que é comum a todos, seríeis bastardos e não filhos legítimos. Aliás,
temos na terra nossos pais que nos corrigem e, no entanto, os olhamos com
respeito. Com quanto mais razão nos havemos de submeter ao Pai de nossas almas,
o qual nos dará a vida?”
Fonte: Jefferson Roger
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