Era uma vez... sim, isso mesmo:
Um homem que doou um terreno para a fundação de uma igreja
paroquial.
Passou-se o tempo e, na velhice, após 10 anos acamado,
restabeleceu-se um pouco da saúde.
Nesse tempo de enfermidade a igreja que ajudou a construir
foi reformada, porém, ainda não está completamente concluída.
Pedindo, como último desejo, o agora cadeirante, queria
olhar pela sua porta, para contemplar como tinha ficado a reforma interior daquela
a qual ele fazia parte. Fez esse pedido as suas duas filhas.
O pároco negou o último pedido; as filhas só queriam atender
ao apelo do pai de olhar de fora da igreja, pelas portas, para dentro da mesma.
O pedido foi negado! O motivo? Foi-lhes dito que ele, o fundador poderia
contaminar a igreja, que estava fechada ao público por conta da pandemia do Covid-19,
porém, não estava fechada para uso particular do pároco. Podem acreditar!
As filhas testemunharam e relataram isso (aos paroquianos
dessa comunidade na qual me incluo), mas, o que é mais grave: Deus testemunhou
esse acontecimento! Como dorme uma pessoa que realizou essa proibição? Como
ainda vive é hora de fazer como Pedro e chorar amargamente! Será que vai? O que
fez não pode ser reparado, o fundador da igreja morreu (aos 91 anos) sem ter seu pedido
concedido pelo padre. Reflitam, mas entendam: o senhor enfermo não queria
entrar na igreja, ele queria olha-la pelas portas.
Agora, acolhido por Deus e passando pela porta estreita dos
céus, contempla a face do Altíssimo, daquele que está sempre aberto aos que o
procuram com o coração sincero. Será que esse padre julgou que o fundador dessa
igreja não o procurou com o coração sincero? Graças a Deus, nada é oculto aos
olhos do Pai Eterno e cada um receberá conforme suas obras.
Efésios 5,1 e 1ª Coríntios 11,1 nos recordam que devemos ser imitadores do Cristo. Pois bem, não se encontra no evangelho passagem alguma onde Cristo não acolha os pedidos dos que o buscam com o coração sincero.
Fonte: Jefferson Roger
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