terça-feira, 1 de setembro de 2020

As histórias de uma cama


Nossa relação com a cama começa desde a nossa preconcepção. Nossos pais, unidos pelo matrimônio e abertos à fecundidade querida por Deus, cooperam com o criador, em nossa vinda ao mundo. Depois, passamos muito tempo numa cama, nomeada de berço. Do bercinho após alguns anos, ainda solteiros, ganhamos nossa primeira cama.

Seguimos convivendo com ela até que seja substituída por outra maior: nossa cama de casal. Em nossa nova realidade, chega a vez de, como nossos pais, contribuirmos com o criador sendo abertos à fecundidade querida por Deus. Dessa forma, nossa casa receberá berços e camas de solteiro.

Seguimos convivendo com nossa cama, porém, com o desenrolar da vida, às vezes adoecemos e precisamos nos deitar em camas diferentes. São as camas móveis chamadas de macas e depois as camas hospitalares. Algumas vezes é preciso deitarmos numa cama muito temida: a cama da UTI. Essa é a realidade possível na vida de todos.

Todavia, além dos sofrimentos e tribulações enviados e/ou permitidos por Deus, para o crescimento espiritual e no amor, pois afinal precisamos ser imitadores de Jesus Cristo se almejamos entrar no céu, existe uma outra realidade mais enfadonha que nos rodeia e, como diz São Pedro em sua carta: espreitando para nos dar o bote – trata-se do diabo.

O diabo, para quem não sabe, vende colchões e camas. Isso mesmo, ele possui filiais espalhadas por toda a parte. Algumas camas funcionam 24 horas por dia. Outras funcionam quando todo mundo sai de casa. Algumas são mais utilizadas durante o dia, naquela escapada durante o expediente. Outras ainda, são mais usadas aos finais de semana. Existem aquelas que é preciso pagar por um período para que se possa deitar nelas, um período mínimo ou uma estada de pernoite.

Em vida podemos fazer nossas escolhas, somos livres para isso. Podemos passar a vida toda deitando onde devemos ou passar a vida toda deitando onde o diabo quer. Depois, quando o leite já estiver derramado e chegar a hora final onde quem sabe estaremos deitados em nosso leito de morte, pois é possível que – por Deus – a morte nem isso nos reserve, o peso de nossas escolhas nos acompanhará ao cemitério. Então nosso justo juiz irá decretar a sentença condenatória ou irá pronunciar as palavras tão desejadas por todos que querem a glória e felicidades eternas no céu: vinde benditos!

Fonte: Jefferson Roger


 

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