quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Espaços vazios


Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus – assim disse Jesus. Dois detalhes podemos aferir nesse ensinamento: primeiro, importa cuidar do corpo, mas também do espírito; segundo: toda a palavra de Deus é necessitada para se viver, não só aquela que escolhemos.

Este é um dos grandes investimentos que o diabo faz em busca da perdição das almas: ele quer que deixemos de lado as partes exigentes da palavra de Deus, provindas do amor que foi expressado na cruz. Agindo dessa maneira ele incita a pessoa a não querer os sofrimentos enviados ou permitidos por Deus para o crescimento e santificação da alma. São necessários para essa e para o ingresso na vida eterna.

Quando aceitamos o que diz Satanás passamos a tentar preencher os desejos do coração com outras coisas ao invés dos frutos do sofrimento. Nosso inimigo contrapõe ao sofrimento o prazer. E como o coração só pode ser abastecido pelas coisas que vem de Deus quanto mais tentamos inunda-lo com as coisas do mundo mais vivemos no vazio dessas coisas.

Dessa forma a alma vive sempre inquieta, pois não é preenchida pelo que precisa e como tenta preencher com o que não lhe convém, se desgasta nessa tentativa infrutífera e termina por não evoluir na direção do céu. Definha em seu caminhar e não consegue mais prosperar espiritualmente.

Uma das grandes provas da promoção do vazio é o consumismo, ele nunca basta e depois que vicia, toma o lugar das coisas que não passam. Passa uma vida tentando preencher espaços vazios, mas como ele é o próprio vazio se comparado as coisas espirituais que dizem respeito a salvação das almas, o homem se o abraçar terminará uma existência não só de mãos vazias, mas com o coração cheio de nada.

Fonte: Jefferson Roger


 

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