segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Nesse mato tem coelho

 


Os ditados populares são as parábolas do povo. De longa data muitos deles resumem grandes ensinamentos relacionados a questões de vida, tanto físicas quanto espirituais. Quando a esmola é demais até o santo desconfia. Não se pode de repente anunciar que uma coisa que a vida inteira foi caracterizada como veneno, agora deixou de ser. Uma coisa má não se tornará boa. Uma maçã estragada – doente – não voltará a ser uma maçã que se possa ingerir.

A bondade e a misericórdia divina muitas vezes não são incompreendidas porque estão incluídas num “pacote” maior de atitudes que Deus tem para com suas criaturas. Quanto mais subimos na estatura necessária para se alcançar o céu, mais renúncias vamos tendo que fazer. Jesus nos orientou sobre essa realidade quando disse que “quem quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz dia após dia e me siga” – Lucas 9,23.

É uma balança, pende a salvação para um lado e a condenação para o outro. Neste caso não existe o meio termo, pois a indecisão, o em cima do muro, denota uma demora para se decidir por Deus. Ai iai, não sei o que faço: sigo a Deus e faço sua vontade ou sigo o mundo e faço a minha vontade...

Muito astuto o diabo se mete nessa confusão que as pessoas fazem e apresenta suas soluções. Todas maravilhosas, que nos atendem prontamente. Puxa, que coisa boa! E eu sofrendo com o pesado fardo religioso, podado diariamente porque nada posso senão não entrarei no paraíso e olha só, quanto tempo perdi, poderia já estar na farra com o demônio que Deus insiste em me dizer que é meu inimigo. Como esse Deus é mentiroso” Nossa! E pensar que pessoas acabam pensando assim, convencidas de que o altíssimo é um Deus castigador e um desmancha prazeres.

Infelizmente isso funciona com muitas pessoas, mas, como atesta a bíblia, não funciona com os escolhidos, com aqueles que reconhecem a voz do seu pastor, aquele que é o caminho, verdade e vida, nosso Senhor Jesus Cristo. Basta a oração e a vigilância constantes – como nos ensina o Cristo – para percebermos que nesse mato (as propostas do diabo) tem coelho.

Fonte: Jefferson Roger

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