sexta-feira, 18 de setembro de 2020

O outro lado


Romanos 7,18-24 – “Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, porque o querer o bem está em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo. Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim habita. Encontro, pois, em mim esta lei: quando quero fazer o bem, o que se me depara é o mal. Deleito-me na lei de Deus, no íntimo do meu ser. Sinto, porém, nos meus membros outra lei, que luta contra a lei do meu espírito e me prende à lei do pecado, que está nos meus membros. Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo que me acarreta a morte?...”

São Paulo em sua carta aos romanos se inclui na realidade de todas as pessoas: a eterna batalha campal que consiste essa vida. Por sermos um composto de corpo e alma, nosso inimigo tenta seduzir os sentidos para que eles dobrem a vontade do coração. Jesus nos ensinou que tudo brota no coração; e como o diabo não consegue ver o que se passa dentro dele, tenta manipular nossa vontade através dos sentidos para que eles trabalhem a seu favor.

O diabo é muito bondoso e tenta “vestir” nosso Deus como malvado e castigador. Aqueles cuja tentação é abraçada, passam a ver o criador do céu e da terra como um desmancha prazeres. Fazem a partir de então uma escolha que os conduz por caminhos diferentes do apertado caminho da porta estreita. Sacrifícios e renúncias necessárias ao céu são deixadas de lado. Passamos a agir como se fôssemos outra pessoa, deixamos aflorar o outro lado. O lado que sucumbiu, que adoeceu comendo os pratos saborosos do pecado.

Nesse ponto, corremos o risco de não nos reconhecermos mais, o outro lado que escolhemos nos transforma em pessoas menos boas e mais egoístas. Pior ainda é a tristeza que colocamos no coração de Deus se pretendemos viver assim, longe dos cuidados divinos numa vida que resultará em tormentos eternos.

Fonte: Jefferson Roger


 

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