sexta-feira, 9 de outubro de 2020

É quando Deus quer


Se ilude quem acha que é quando nós queremos. Alguém pode espernear e dizer que não é bem assim, que as coisas não são só quando Deus quer, nós também detemos o mando de muitas coisas. Também é quando eu quero. Será? Vamos ver...

A questão como estamos percebendo pode ser perigosamente relativizada. Eu quero fazer algo, então vou lá e faço. Pronto! Deus não se meteu no meio da situação. Pois bem, mais ou menos... Sabemos que ele nos concedeu o livre arbítrio, a condição de decidirmos e fazermos o que bem quisermos. Somos livres para aceita-lo em nossas vidas ou para rejeita-lo. Ele, que é todo poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis, pode, com um pequeno esbarrão de seu pesado braço da justiça, modificar o curso das coisas (e de nossas vidas) em frações de segundo.

Tão logo nos envolvemos com a sagrada escritura vamos logo aprendendo que nossa entrada no céu esbarra em uma vida repleta de tribulações, provações, humilhações, mandatos e petições. Ora, o altíssimo não é um tirano impiedoso, não obriga ninguém a aproximar-se dele, embora não se canse de “dar sinais” de sua presença. Sinais esses que o diabo se esforça para esconder dos corações humanos.

Quando a sensação de injustiça bate em nossas vidas, ou aquela sensação de que para os outros tudo dá certo com facilidade e para nós tudo é mais difícil isso é sinal de que devemos colocar um olhar sobrenatural em nossas vidas. Tem que ter algo errado, o que é que eu fiz para Deus, o que fiz para merecer tudo isso, e a lista de reclamações pode se estender.

Muitos já ouviram falar do tempo de Deus; as coisas acontecem segundo sua vontade e a seu tempo. Nós, com o tempo que temos precisamos viver uma vida de balança. De um lado dela, estão nossos agradecimentos; do outro, nossos pedidos. Se mais agradecemos teremos menos o que pedir. Se muito pedimos temos pouco a agradecer. Tem algo errado nessa balança...

O erro está nas intenções, Deus vê os corações onde Jesus disse que brotam todas as coisas. Se pedimos de forma errada ou sem esforço algum ou ainda pedimos algo desconexo da salvação de nossas almas, esses pedidos não apresentam propósito relacionado com o céu. Ficamos pedindo muito, recebendo pouco e agradecendo menos ainda. Se os agradecimentos são frutos constantes de reconhecimento por aquilo que Deus faz por nós diariamente, então, em comunhão com ele fazemos pedidos saudáveis, condizentes com a intenção de recebermos um dia a coroa da glória eterna. Perseverantes na oração, pacientes na tribulação, vai nos recordar São Paulo, afinal, é quando Deus quer que as coisas acontecem e quando tudo está em sintonia com o que ele espera de seus filhos.

Fonte: Jefferson Roger


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário