Se ilude quem acha que é quando nós queremos. Alguém pode
espernear e dizer que não é bem assim, que as coisas não são só quando Deus
quer, nós também detemos o mando de muitas coisas. Também é quando eu quero.
Será? Vamos ver...
A questão como estamos percebendo pode ser perigosamente
relativizada. Eu quero fazer algo, então vou lá e faço. Pronto! Deus não se
meteu no meio da situação. Pois bem, mais ou menos... Sabemos que ele nos
concedeu o livre arbítrio, a condição de decidirmos e fazermos o que bem
quisermos. Somos livres para aceita-lo em nossas vidas ou para rejeita-lo. Ele,
que é todo poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e
invisíveis, pode, com um pequeno esbarrão de seu pesado braço da justiça, modificar
o curso das coisas (e de nossas vidas) em frações de segundo.
Tão logo nos envolvemos com a sagrada escritura vamos logo
aprendendo que nossa entrada no céu esbarra em uma vida repleta de tribulações,
provações, humilhações, mandatos e petições. Ora, o altíssimo não é um tirano
impiedoso, não obriga ninguém a aproximar-se dele, embora não se canse de “dar
sinais” de sua presença. Sinais esses que o diabo se esforça para esconder dos
corações humanos.
Quando a sensação de injustiça bate em nossas vidas, ou
aquela sensação de que para os outros tudo dá certo com facilidade e para nós
tudo é mais difícil isso é sinal de que devemos colocar um olhar sobrenatural
em nossas vidas. Tem que ter algo errado, o que é que eu fiz para Deus, o que
fiz para merecer tudo isso, e a lista de reclamações pode se estender.
Muitos já ouviram falar do tempo de Deus; as coisas
acontecem segundo sua vontade e a seu tempo. Nós, com o tempo que temos
precisamos viver uma vida de balança. De um lado dela, estão nossos agradecimentos;
do outro, nossos pedidos. Se mais agradecemos teremos menos o que pedir. Se
muito pedimos temos pouco a agradecer. Tem algo errado nessa balança...
O erro está nas intenções, Deus vê os corações onde Jesus
disse que brotam todas as coisas. Se pedimos de forma errada ou sem esforço
algum ou ainda pedimos algo desconexo da salvação de nossas almas, esses pedidos
não apresentam propósito relacionado com o céu. Ficamos pedindo muito,
recebendo pouco e agradecendo menos ainda. Se os agradecimentos são frutos
constantes de reconhecimento por aquilo que Deus faz por nós diariamente, então,
em comunhão com ele fazemos pedidos saudáveis, condizentes com a intenção de recebermos
um dia a coroa da glória eterna. Perseverantes na oração, pacientes na tribulação,
vai nos recordar São Paulo, afinal, é quando Deus quer que as coisas acontecem e
quando tudo está em sintonia com o que ele espera de seus filhos.
Fonte: Jefferson Roger
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