segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Uma vida cheia de cobranças


A sociedade tem disso: cobra muito. O indivíduo para se inserir nela e galgar degraus desejados precisa submeter-se ao regime das cobranças. Fala-se aqui das cobranças financeiras, morais, cívicas, contratuais, acadêmicas e por aí vai. E a coisa acaba virando um efeito cascata. O mundo capitalizado cobra, os governantes cobram, lideranças cobram, pais cobram, estes cobram os filhos, filhos cobram dos amigos, namorados entre si também cobram e nunca termina.

Cobrança, cobrança e mais cobrança. Todavia, meio que aos trancos e barrancos o povo vai se virando nesse mar endividado.

Reclama aqui, ali e vai levando a vida como pode. Alguns desistem de honrar algumas cobranças. Abandonam-nas ou substituem-nas. No entanto, não há como fugir da totalidade. Sempre alguma coisa nos é cobrada. O corpo não cobra de nós que nos alimentemos? Que tenhamos boa noite de sono e hábitos saudáveis? E se precisamos comer temos que comprar os alimentos, cobrados nos supermercados, que compram dos fornecedores, que compram dos que fornecem os insumos. Minha nossa, não tem como, haja cobrança!

Porém, tudo isso ainda é cobrança que de certa forma permeia a esfera material do ser humano. Não pode este esquecer que é um composto de corpo e alma e existem por isso as cobranças de cunho espiritual.

É a cobrança que vem de Deus. Ele que é rico em misericórdia é também justo juiz. Dono dos mandamentos! E vale, para encerrar o artigo relembrar. Eclesiastes 12,13-14 – “Tudo bem entendido, teme a Deus e observa seus preceitos, é este o dever de todo homem. Deus fará prestar contas de tudo o que está oculto, todo ato, seja ele bom ou mau”.

Fonte: Jefferson Roger


 

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