A sociedade tem disso: cobra muito. O indivíduo para se
inserir nela e galgar degraus desejados precisa submeter-se ao regime das cobranças.
Fala-se aqui das cobranças financeiras, morais, cívicas, contratuais, acadêmicas
e por aí vai. E a coisa acaba virando um efeito cascata. O mundo capitalizado
cobra, os governantes cobram, lideranças cobram, pais cobram, estes cobram os
filhos, filhos cobram dos amigos, namorados entre si também cobram e nunca
termina.
Cobrança, cobrança e mais cobrança. Todavia, meio que aos
trancos e barrancos o povo vai se virando nesse mar endividado.
Reclama aqui, ali e vai levando a vida como pode. Alguns
desistem de honrar algumas cobranças. Abandonam-nas ou substituem-nas. No
entanto, não há como fugir da totalidade. Sempre alguma coisa nos é cobrada. O
corpo não cobra de nós que nos alimentemos? Que tenhamos boa noite de sono e
hábitos saudáveis? E se precisamos comer temos que comprar os alimentos,
cobrados nos supermercados, que compram dos fornecedores, que compram dos que
fornecem os insumos. Minha nossa, não tem como, haja cobrança!
Porém, tudo isso ainda é cobrança que de certa forma permeia
a esfera material do ser humano. Não pode este esquecer que é um composto de
corpo e alma e existem por isso as cobranças de cunho espiritual.
É a cobrança que vem de Deus. Ele que é rico em misericórdia
é também justo juiz. Dono dos mandamentos! E vale, para encerrar o artigo
relembrar. Eclesiastes 12,13-14 – “Tudo bem entendido, teme a Deus e observa
seus preceitos, é este o dever de todo homem. Deus fará prestar contas de tudo
o que está oculto, todo ato, seja ele bom ou mau”.
Fonte: Jefferson Roger
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