quinta-feira, 26 de novembro de 2020

A desculpa dos pecadores


Quando você faz algo errado, fugindo ao padrão estabelecido previamente, você está a cometer um erro. Isso é claro (errado => erro)! Da mesma maneira (certo => acerto). Divinamente falando o cristão sabe que o padrão (aquilo que é certo) foi estipulado por Deus. Pois bem, se andamos fora desse padrão (em pensamentos e palavras, atos e omissões, por nossa culpa, nossa tão grande culpa – consciente), então essa atitude errada caracteriza-se como pecado.

Lemos na bíblia que podemos escolher entre o bem e o mal (Eclesiástico 15,18). Deus permite vivermos a escolha que fizermos. Embora se entristeça com a escolha (caso seja pelo mal) – lemos isso no livro de Ezequiel – Deus nos abandona à nossa própria vontade (Romanos 1,28-32). Ademais, por conta disso, desse abandono, o empedernido pecador, que pensa que nada lhe acontece por conta de seus pecados (Eclesiástico 5,4), cai na tentação de que Deus, que é proclamado amor, não permitiria que suas criaturas fossem condenadas eternamente ao fogo do inferno, inicialmente preparado para o diabo e seus anjos – Mateus 25,41.

Mas acontece dessa forma, por prazeres terrenos (e finitos) sofrem-se tormentos eternos. Jesus incansavelmente advertiu sobre as realidades que aguardam aqueles que escolheram o mal, a vida de pecado. No dia do julgamento não será possível esconder do altíssimo as intenções do coração. Lá dentro está todo o histórico de nossas vidas, registrado está todo o esforço que fizemos para viver o evangelho.

Porém, o pecador insiste que não é possível pagar eternamente por uma ofensa momentânea. Mas então por que é possível viver eternamente no céu por aquilo que fizemos corretamente, como Deus quer? O pecador quer que Deus releve e passe a mão na sua cabeça, disfarçando-o de bom cristão e admitindo-o no paraíso, junto com os que “lutaram até o sangue na luta contra o pecado” – Hebreus 12,4. Só que isso não seria justiça divina e Deus seria um mentiroso se não exigisse de todos que agissem sob o mesmo preceito.

Ademais, ele não exige algo diferente do que exigiu de Jesus Cristo. A ofensa é sempre contra um Deus eternamente santo; se o agradamos em nosso viver, a glória do céu para nós é eterna; se o desprezamos com o nosso virar as costas para tudo que dele procede, igualmente padecemos eternamente. Nada mais justo.

Eclesiástico 6,6-7 – “Não digas: A misericórdia do Senhor é grande, ele terá piedade da multidão dos meus pecados, pois piedade e cólera são nele igualmente rápidas, e o seu furor visa aos pecadores”.

Fonte: Jefferson Roger


 

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