Quando você faz algo errado, fugindo ao padrão estabelecido
previamente, você está a cometer um erro. Isso é claro (errado => erro)! Da
mesma maneira (certo => acerto). Divinamente falando o cristão sabe que o
padrão (aquilo que é certo) foi estipulado por Deus. Pois bem, se andamos fora
desse padrão (em pensamentos e palavras, atos e omissões, por nossa culpa,
nossa tão grande culpa – consciente), então essa atitude errada caracteriza-se como
pecado.
Lemos na bíblia que podemos escolher entre o bem e o mal
(Eclesiástico 15,18). Deus permite vivermos a escolha que fizermos. Embora se
entristeça com a escolha (caso seja pelo mal) – lemos isso no livro de Ezequiel
– Deus nos abandona à nossa própria vontade (Romanos 1,28-32). Ademais, por
conta disso, desse abandono, o empedernido pecador, que pensa que nada lhe
acontece por conta de seus pecados (Eclesiástico 5,4), cai na tentação de que
Deus, que é proclamado amor, não permitiria que suas criaturas fossem
condenadas eternamente ao fogo do inferno, inicialmente preparado para o diabo
e seus anjos – Mateus 25,41.
Mas acontece dessa forma, por prazeres terrenos (e finitos)
sofrem-se tormentos eternos. Jesus incansavelmente advertiu sobre as realidades
que aguardam aqueles que escolheram o mal, a vida de pecado. No dia do
julgamento não será possível esconder do altíssimo as intenções do coração. Lá
dentro está todo o histórico de nossas vidas, registrado está todo o esforço que
fizemos para viver o evangelho.
Porém, o pecador insiste que não é possível pagar
eternamente por uma ofensa momentânea. Mas então por que é possível viver eternamente
no céu por aquilo que fizemos corretamente, como Deus quer? O pecador quer que
Deus releve e passe a mão na sua cabeça, disfarçando-o de bom cristão e
admitindo-o no paraíso, junto com os que “lutaram até o sangue na luta contra o
pecado” – Hebreus 12,4. Só que isso não seria justiça divina e Deus seria um
mentiroso se não exigisse de todos que agissem sob o mesmo preceito.
Ademais, ele não exige algo diferente do que exigiu de Jesus
Cristo. A ofensa é sempre contra um Deus eternamente santo; se o agradamos em
nosso viver, a glória do céu para nós é eterna; se o desprezamos com o nosso
virar as costas para tudo que dele procede, igualmente padecemos eternamente.
Nada mais justo.
Eclesiástico 6,6-7 – “Não digas: A misericórdia do Senhor é
grande, ele terá piedade da multidão dos meus pecados, pois piedade e cólera
são nele igualmente rápidas, e o seu furor visa aos pecadores”.
Fonte: Jefferson Roger
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