Atentando-se apenas ao âmbito religioso, especificamente ao
meio cristão, infelizmente a necessidade humana de prevalecer ao seu favor tudo
que for possível, por meio de jogo de palavras e variadas interpretações –
algumas ridículas – o ser humano incansavelmente faz adaptações e largos
ajustes sempre numa tentativa de tornar a caminhada rumo ao céu um passeio no
parque.
Consciente da fraqueza humana seu criador, cujo mistério é ter
feito suas criaturas dessa maneira, concedeu-lhes um “manual prático” de como
se proceder nessa passagem pelo vale de lágrimas. Ademais, embora tenha feito
isso, para simplificar ainda mais o percurso do homem sobre a terra nos deu o
seguinte preceito, transmitido pela boca de Jesus Cristo:
Mateus 22,36-40 – “Mestre, qual é o maior mandamento da lei?
Respondeu Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma
e de todo teu espírito (Dt 6,5). Este é o maior e o primeiro mandamento. E o
segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18).
Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas”.
É o famoso tripé, você tem que amar a Deus, a si mesmo e ao
próximo como se fosse um amor por você. Pois, se amamos a Deus não praticaremos
atitudes que o ofendam, desagradem e entristeçam; se amamos ao próximo como se
fosse a nós, não cometeríamos contra ele nada de mal, porque não gostaríamos
que cometessem contra nós. Essa lei maior, que Jesus disse resumir tudo,
liberta a pessoa, porque por causa do amor as coisas são feitas ou deixadas de
fazer.
Nossa Senhora em suas aparições já deixou dito que seu filho
Jesus deixou TUDO que precisamos para nos salvar em seu evangelho. Sendo assim,
por não adotar e viver a lei do amor – o mandamento maior – e por não viver o
evangelho, a humanidade caminha aos tropeços tentando apoiar-se, por causa de
suas fraquezas, em outras leis, criadas por ela. Tudo para tentar, por meio de
caminhos alternativos (não originais), chegar ao céu.
Muitos irão defender com seus argumentos (e até vários deles)
os motivos que endossam tantas leis e prescrições. Muitos são válidos, até o
próprio Cristo “detalhou” a lei do amor em seus sermões, para um melhor
esclarecimento, mas não voltou atrás quando disse que “nesses dois mandamentos
se resumem toda a lei e os profetas”. Enquanto a vivência desse amor não preencher
totalmente os corações, as leis humanas tentam fragilmente completar o que lhe
falta indo na contramão do que o Cristo e sua mãe afirmaram.
Fonte: Jefferson Roger
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