segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Bastaria seguir a lei maior

 


Atentando-se apenas ao âmbito religioso, especificamente ao meio cristão, infelizmente a necessidade humana de prevalecer ao seu favor tudo que for possível, por meio de jogo de palavras e variadas interpretações – algumas ridículas – o ser humano incansavelmente faz adaptações e largos ajustes sempre numa tentativa de tornar a caminhada rumo ao céu um passeio no parque.

Consciente da fraqueza humana seu criador, cujo mistério é ter feito suas criaturas dessa maneira, concedeu-lhes um “manual prático” de como se proceder nessa passagem pelo vale de lágrimas. Ademais, embora tenha feito isso, para simplificar ainda mais o percurso do homem sobre a terra nos deu o seguinte preceito, transmitido pela boca de Jesus Cristo:

Mateus 22,36-40 – “Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Respondeu Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito (Dt 6,5). Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18). Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas”.

É o famoso tripé, você tem que amar a Deus, a si mesmo e ao próximo como se fosse um amor por você. Pois, se amamos a Deus não praticaremos atitudes que o ofendam, desagradem e entristeçam; se amamos ao próximo como se fosse a nós, não cometeríamos contra ele nada de mal, porque não gostaríamos que cometessem contra nós. Essa lei maior, que Jesus disse resumir tudo, liberta a pessoa, porque por causa do amor as coisas são feitas ou deixadas de fazer.

Nossa Senhora em suas aparições já deixou dito que seu filho Jesus deixou TUDO que precisamos para nos salvar em seu evangelho. Sendo assim, por não adotar e viver a lei do amor – o mandamento maior – e por não viver o evangelho, a humanidade caminha aos tropeços tentando apoiar-se, por causa de suas fraquezas, em outras leis, criadas por ela. Tudo para tentar, por meio de caminhos alternativos (não originais), chegar ao céu.

Muitos irão defender com seus argumentos (e até vários deles) os motivos que endossam tantas leis e prescrições. Muitos são válidos, até o próprio Cristo “detalhou” a lei do amor em seus sermões, para um melhor esclarecimento, mas não voltou atrás quando disse que “nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas”. Enquanto a vivência desse amor não preencher totalmente os corações, as leis humanas tentam fragilmente completar o que lhe falta indo na contramão do que o Cristo e sua mãe afirmaram.

Fonte: Jefferson Roger


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