segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Graças sempre, consolação...


A experiência do título deste artigo arrisco dizer que já foi vivida por todas as pessoas que já se colocaram a rezar. A pessoa pede em orações muitas coisas, variados tipos de graças e sente na carne, no dia a dia, que parece Deus peneirar, e com uma peneira muito fina, aquilo que pedimos. A bíblia diz que não sabemos rezar e pedir como convém, por isso o Espírito Santo intercede por nós.

Santa Tereza de Jesus, a santa das sete moradas, nos recorda: “Não chamo oração mexer com os lábios sem pensar no que dizemos, nem no que pedimos, nem quem somos nós, nem quem é aquele ao qual nos dirigimos. Algumas vezes poderá acontecer isso a pessoas que se esforçam para rezar bem, mas será por motivos que se justificam, e será boa a oração. Porém, o costume de falar à Majestade de Deus como quem fala a um estranho, dizendo o que lhe vem à cabeça, sem reparar se está certo, por ter decorado ou repetido muitas vezes, a isso não tenho em conta de oração.”

Pois bem, podemos aferir que paira uma complexidade na vida humana sobre a questão da oração. Temos que reconhecer que muitas vezes rezamos mal, temos que nos esforçar mais e compreender como se passa esse diálogo com Deus, que nunca é democrático. Porém, nas palavras do Padre Ivan Chudzik podemos nos aproximar um pouco mais dessa realidade que nos cerca:

“Na vida de oração, Nosso Senhor nos dá sempre a Graça, mas nem sempre nos dá consolação. Se te empenhastes na oração, mas saístes do teu oratório com a sensação de que fracassastes em rezar bem –, porque não experimentastes de Deus nenhuma consolação –, não te iludas: muitas vezes, a Graça se deu justamente pelo fato de teres lutado, mesmo sem nenhuma consolação sensível, contra as tentações do demônio e as fraquezas da tua natureza.”

Às vezes quando rezamos nos comportamos como as crianças que pedem brinquedos de presente de Natal e terminam ganhando roupas. Esperneiam, ficam transtornados, declaram abertamente que queriam outra coisa, é uma revolta só. Não possuem maturidade suficiente para compreender que recebem o que precisam em primeiro lugar. Em nossas vidas Deus age assim: sempre vem a graça e os mimos do altíssimo até são meio raros, para não dizermos outra coisa.

Sendo assim, sejamos perseverantes na oração, que deve ser sem cessar segundo nosso redentor; todavia, um comportamento ao modelo do ressuscitado – 1ª Coríntios 11,1 – configura e completa a realidade do cristão.

Fonte: Jefferson Roger


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário