O aspecto que aqui abordamos está vinculado ao princípio
cristão. Sabemos pelas sagradas escrituras que fomos criados para servir e
adorar a Deus; em servir consiste em pregar o evangelho por toda a parte a toda
criatura. Consiste também em se viver como é do agrado de Deus e seguir seus
mandamentos.
Pois bem, a vida é uma batalha diária e constante e, se
aceitamos o plano de Deus em nossas vidas, resulta isso que devemos ser
imitadores de Cristo (1º Coríntios 11,1) e presença viva dele na vida das
pessoas. Ademais, se nossa comunhão com Deus vai se estreitando na caminhada, o
que resulta numa alma sedenta pelos céus, caímos no comportamento como o que
descreve São Paulo em sua carta aos Filipenses:
Filipenses 1,20-24 – “Meu ardente desejo e minha esperança
são que em nada serei confundido, mas que, hoje como sempre, Cristo será
glorificado no meu corpo (tenho toda a certeza disto), quer pela minha vida
quer pela minha morte. Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro.
Mas, se o viver no corpo é útil para o meu trabalho [de evangelização], não sei
então o que devo preferir. Sinto-me pressionado dos dois lados: por uma parte,
desejaria desprender-me para estar com Cristo - o que seria imensamente melhor;
mas, de outra parte, continuar a viver é mais necessário, por causa de vós”.
Eis aí um dilema que todos, se olharmos para a vida dos
santos, objetivo de todos, passaram, passam e passarão. A vida, como dizia uma
de minhas padroeiras – Santa Gema Galgani – vai se tornando um grande peso de
ser vivida porque a ânsia pelo paraíso vai corroendo todas as vontades
mundanas. O mundo quer pregar que morrer não é algo bom, mas para os que vivem
em Cristo, essa passagem irá coroar o início da vida eterna num paraíso onde
nem sequer podemos imaginar o que nos aguarda.
1ª Coríntios 2,9 – “É como está escrito: Coisas que os olhos
não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4),
tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam”.
Fonte: Jefferson Roger
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