sexta-feira, 13 de novembro de 2020

O propósito da vida é terminar


O que nos é palpável é a experiência que temos sobre a realidade que nos cerca. Apesar das sagradas escrituras e a tradição cristã atestarem uma situação diferente em termos da vindoura transformação de nossos corpos em corpos gloriosos para o gozo das felicidades eternas nas moradas celestes preparadas por Jesus (João 14,1-2) para todos que vivem os preceitos divinos, no aqui e agora as coisas são um pouco diferentes.

Estamos fisicamente inseridos numa realidade passageira, que tem fim prescrito e não revelado para cada um. Nascemos e no mesmo instante começa a contagem regressiva de nossa existência nesse mundo físico. O “tic-tac” divino bate sem exceção para todos; o último “tic” ou “tac” não sabemos quando ocorrerá e isso, dependendo do olhar que lançarmos sobre o assunto poderá contribuir ou não para essa etapa de nossa existência. Vejamos.

As escrituras sagradas deixam bem claro que Deus, ao decidir por não revelar a data de nossos novíssimos (Eclesiástico 7,40), pretende conceder a oportunidade de nos empenharmos ao máximo para viver conforme seja do seu agrado. O ditado popular fala que devemos agir assim para não sermos pegos de calça curta. Jesus muitas vezes fala que devemos ser vigilantes pois não sabemos a hora.

É preciso termos em mente, diariamente e em frente aos olhos, que o fim dessa etapa pode estar no próximo minuto de nossas vidas. O diabo, sabendo disso, instiga a pessoa a aproveitar a vida, pois a vida é curta... Como se viver fosse estar perpetuamente num parque de diversões. Que enrolação do encardido e para seu deleite, muitos compram sua ideia. Por isso foi dito linhas acima que, dependendo do nosso olhar, esse propósito de terminar a vida pode ser um trampolim para o céu ou um escorregador para o inferno. Deus nos deixou livre para escolhermos o que fazer com essa realidade e com o tempo que nos foi dado e nem sabemos quanto é.

Fonte: Jefferson Roger


 

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