sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Onde andam seus merecimentos?


Eis aí um grande dilema que tenta a muitos, senão a todos. A pessoa faz um juízo de si e decreta um veredito ao seu favor. É pesaroso acusar-se, reconhecer suas falhas e fraquezas; se vai comparar-se a alguém normalmente o faz com base num padrão publicamente reconhecido como pior que o seu. Isso existe desde sempre, alguém se julga melhor, se compara a um padrão inferior e quer para si algo mais elevado.

Satanás revoltou-se porque queria ser como Deus e não se submeter a servi-lo. Idiota, vejam só o que sobrou para ele.

Vale uma passadinha por Lucas 18,9-14 para comprovarmos essa verdade pela boca de Jesus: “Jesus lhes disse ainda esta parábola a respeito de alguns que se vangloriavam como se fossem justos, e desprezavam os outros: Subiram dois homens ao templo para orar. Um era fariseu; o outro, publicano. O fariseu, em pé, orava no seu interior desta forma: Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali. Jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus lucros. O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador! Digo-vos: este voltou para casa justificado, e não o outro. Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.

Temos que nos esforçar, é verdade, e esse esforço não é um fazer por merecer, mas sim, perseverar (Mateus 10,22) naquilo que Deus nos pede. Precisamos lembrar que Jesus disse aos apóstolos que é impossível para o homem entrar no Reino de Deus (Mateus 19,26), mas também disse que o céu é arrebatado a força e são os violentos que o conquistam (Mateus 11,12), e assim o fazem porque lutam até o sangue na batalha contra o pecado (Hebreus 12,4).

Podemos então vislumbrar por onde andam nossos merecimentos; nos parece que eles andam na medida de nossas obras e atitudes e um coração sincero, que sabe olhar para o homem com o olhar de Deus, justo, honesto e misericordioso, procurando agir conforme o modelo dado por Deus (1º Coríntios 11,1): Jesus Cristo.

Fonte: Jefferson Roger


 

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