O ser humano foi desejado, pensado e criado por Deus. Feito
para ser dependente eternamente do seu criador. A fé cristã crê que o homem,
feito a imagem e semelhança de Deus (Tiago 3,9), foi concebido para servi-lo e
adora-lo (Salmos 85,9). Sem ele não pode nada e isso constitui, dependendo do
olhar que se escolhe colocar sobre isso, um grande problema ou uma grande dádiva.
Sendo assim, fica fácil compreender que porque as pessoas se
envolvem em tantos problemas além dos já predestinados pela providência divina.
O sujeito, sem esforço algum, consegue se meter em enrascadas. E diga-se de
passagem: cada vez maiores. Não precisa no início, para pecar, se esforçar de
alguma maneira. O único esforço que faz, auxiliado pelos convites malignos, é o
de abrir mão de Deus e de sua proposta e viver uma vida que seja conduzida por
seu próprio comando.
Que desgraça é quanto alguém opta por esse princípio; ainda
mais quando Jesus deixa bem claro que: “sem mim nada podeis fazer” – João 15,5.
Mas, a pessoa quer pagar para ver e busca se convencer que
não está a cometer erros. Lá na frente, porém, “dá com os burros na água” e
como o filho pródigo do evangelho se vê em voltas com a lavagem dos porcos. Se
mantivesse essa ciência e agisse como esse filho, que retorna ao pai porque
sentiu na pele que não tem forças próprias para viver como é do agrado de Deus,
maravilha! Não faz assim, tenta inutilmente com suas forças resolver os problemas
que criou.
É quando faltam forças, pois ainda que manifeste uma ciência
na mente, intelectual, sabendo que o que faz é errado, não consegue transformar
isso em atitudes, pois, é como disse Jesus, tudo deve brotar do coração e se
instalar na mente que comanda o corpo. Ademais, ainda para piorar, nosso
salvador, disse que as reincidências no erro, as recaídas, colocam a pessoa num
estado sete vezes pior (Lucas 11,24-26) do que quando começou sua vida de
pecados “de estimação”. Há de se compreender porque fica difícil converter-se
para Deus: querem faze-lo sem estender a mão para ele.
Fonte: Jefferson Roger
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