O ano civil está por terminar, enquanto escrevo este artigo,
dia 31/12/2020, recordo que algumas pessoas já estão de folga de seus
trabalhos. Outras não estão de folga porque estão desempregadas. Outras estão
hospitalizadas, muito enfermas (graças a tantas doenças e a esta pandemia).
Para tantas pessoas assim colocadas à margem da sociedade, a felicidade que o
mundo prega foi tolhida seja lá por qual motivo, embora o mundo descarte que
Deus tenha algo a ver. O mundo não coloca Deus em seus planos, não o Deus
criador e sim tantos outros deuses que são idolatrados diariamente sob várias
peles e assim fica tão conveniente acomodar-se sob o olhar egoísta de que se
tudo vai bem vamos lá, o ano novo está chegando. Vamos nos preparar para
comemorar a sua chegada.
Pois bem, sempre os votos de feliz ano novo vêm recheado de
muita paz, saúde, felicidade, dinheiro e por aí vai. Os votos e os desejos
podemos afirmar que são bons, pois não estamos a desejar algo de ruim para o
próximo. No fim das contas estamos a desejar ao outro o que gostaríamos de
receber. Porém, precisamos estar atentos aos detalhes. Precisamos sim, nos
convertermos constantemente e pedirmos a Deus que em nós nasça o homem novo.
Que abracemos as coisas que não passam ao invés das coisas que passam. Que o
homem velho fique para trás e que nenhuma recaída nos afunde mais uma vez no
lamaçal dos pecados.
Segundo as aparições de Jesus e Maria ao longo da história
da humanidade, uma das épocas em que Jesus é mais ofendido pelos pecadores e
consequentemente uma das épocas em que mais pessoas se condenam ao inferno, é a
comemoração da passagem de ano novo. Muitas festas, algazarras, bebedeiras, sexo
e drogas, noitada a dentro seguida de muita ressaca, mal estar e outros efeitos
colaterais. E as pessoas esquecem de se comportarem em vistas à nova vida que
os aguarda depois da morte.
Cabe aqui relembrarmos dos novíssimos, que são os últimos
acontecimentos que nos esperam na vida. A morte, juízo particular, inferno,
purgatório ou céu. A morte marca o fim de nossa oportunidade aqui nesta etapa
de nossa vida eterna de fazermos as boas obras, como nos recorda São Tiago em
sua carta, e enfim após vivermos uma vida junto a Jesus Misericordioso iremos
encontrá-lo como Jesus justo juiz. É uma prestação de contas, não uma
oportunidade para nos explicarmos ou nos desculparmos ou tentarmos convencer
Jesus de que o que fizemos não era nada de mau ou ruim. Triste engano para
muitos, engano este já vivido aqui na terra.
Pensando sempre assim, como nos ensina Jesus, teremos sempre
muitos motivos para comemorar a chegada do ano novo. Pois mais uma vez, Deus
nos concedeu a graça de estarmos com as pessoas que amamos, de podermos estar
na condição em que estamos, seja ela qual for, mas junto com Deus. O ano novo é
sim, uma oportunidade de deixarmos o homem velho para trás, de olharmos para
frente, para Jesus, para a eternidade. Feliz ano novo é agradecer por mais esta
oportunidade, seja ela de mais um dia, mais algumas horas, mais alguns meses ou
mais algum ano ou anos.
Não importa, o que importa não é quanto tempo temos e sim o
que fazemos com o tempo que Deus nos concede.
Fonte: Jefferson Roger