segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

No silêncio do coração


Lucas 2,10-19 – “O anjo disse-lhes: Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolto em faixas e posto numa manjedoura. E subitamente ao anjo se juntou uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus e dizia: Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência (divina). Depois que os anjos os deixaram e voltaram para o céu, falaram os pastores uns com os outros: Vamos até Belém e vejamos o que se realizou e o que o Senhor nos manifestou. Foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura. Vendo-o, contaram o que se lhes havia dito a respeito deste menino. Todos os que os ouviam admiravam-se das coisas que lhes contavam os pastores. Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração”.

O coração, objeto de desejo do bem e do mal, de Deus e do diabo. Um coração conquistado é para sempre fiel ao amor que lhe mantém. Um amor sadio, que vem do céu ou, infelizmente, um amor doentio, desordenado e voltado somente para as coisas que passam. Jesus, sobre o coração, nos ensinou que é dentro dele que nascem todas as coisas.

Ademais, o mundo adoentado por dar tanto ouvido ao demônio padece dia após dia, com um caminhar que, por escolha própria, fica mais difícil do que divinamente determinado. Porém, aos herdeiros do reino dos céus, Jesus deixa um alento para ser gravado em nossos corações: João 16,22 – “Assim também vós: sem dúvida, agora estais tristes, mas hei de ver-vos outra vez, e o vosso coração se alegrará e ninguém vos tirará a vossa alegria”. É nisso que o cristão crê, que a segunda vinda de Jesus, que pode ser desejada a cada Natal, aconteça e pegue a cada um, na mesma situação das noivas prudentes do evangelho, vigilantes e levando uma vida que agrada a Deus.

Lemos na bíblia que quando começar o juízo muitos que serão salvos o serão com dificuldade; um alto preço é cobrado para se entrar no céu. Graças a Deus! Aqui nesse mundo as pessoas cobiçam bens e lazeres que exigem grandes quantias de dinheiro. Se esforçam para conseguirem o que desejam. O céu, lugar da felicidade eterna, muito mais deveria ser querido por todos, e tudo que Deus promete para os que ouvirem o “Vinde Benditos” é incomparavelmente maior perante os prazeres e conquistas terrenas e passageiras. Isso sim, precisa, a exemplo de Maria Santíssima, ficar guardado em nossos corações.

Por fim, "neste Natal, o que nossos católicos estão precisando, em última análise, não é ir à Missa. Eles já nem vão. Não é rezar em família. Eles já nem rezam. O que nossos católicos precisam é voltar a crer. O primeiro lugar em que o Menino Jesus precisa nascer é no presépio do coração de nossos católicos. O primeiro lugar em que a estrela de Belém precisa brilhar é na inteligência daqueles que sentam nos bancos de nossas igrejas. Se não for assim, toda prática religiosa em que eles se engajarem não passará de superstição pagã. Quase como dar sete pulos nas ondas do mar durante a virada do ano" - Padre Paulo Ricardo.

Fonte: Jefferson Roger


 

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