As pessoas não agem como gostaríamos, as coisas não são como
gostaríamos, nós não temos o que gostaríamos, não recebemos o salário que
gostaríamos, não moramos onde gostaríamos, não temos todos os bens que
gostaríamos, os filhos não se comportam como gostaríamos, se somos casados,
nossos cônjuges não são como gostaríamos, o que fazemos não sai como gostaríamos
e a lista das coisas que são como não gostaríamos vai ainda muito longe.
Só que, nessa lista que todo mundo tem sempre pronta e a mão,
para que se possa atualizar, um detalhe passa despercebido; tudo depende do
ponto de vista e dos termos de comparação.
Se adotamos um modelo e não conseguimos implanta-lo em
nossas vidas, em todas as áreas que decidimos faze-lo, toda uma avalanche de
sentimentos ruins e negativos começam a bater em nossas portas. É a história da
grama do vizinho que sempre parece mais verde que a nossa, mesmo vista ao longe
ou pela tv.
O sujeito tenta, tenta e tenta viver do jeito certo, que é o
jeito de Deus. Rapidamente vai perceber que esse jeito exige grandes esforços e
poucas recompensas terrenas; na verdade recompensas mínimas. Os versículos
bíblicos que atestam a condição dos herdeiros do reino dos céus são muitos. Padecemos
diariamente onde vivemos – o denominado vale de lágrimas – dia após dia, com
vistas em chegarmos em nossa pátria celeste.
Se o sujeito não toma ciência de sua condição, que não é
exclusiva, sofre as tormentas das tentações com maior grau de incisão do que
aquele que busca caminhar de mãos dadas com Deus. Corre um risco muito grande
de virar as costas para o altíssimo e terminar por adotar uma vida pautada nas
ofertas do mundo, as ofertas que irão um dia passar, pois são do aqui e agora, diferentes
das que são concedidas por Deus, muitas vezes incompreendidas, mas, de duração
eterna para aqueles que buscam primeiro o reino de Deus e a sua justiça, que
lutam até o sangue contra o pecado e estão sempre prontos a responder em sua
defesa a razão de sua esperança. Ao agir assim, abraçando as ofertas
passageiras, o cabo dessa decisão é realmente mandar tudo e todos para aquele
lugar (a começar por Deus), adotar uma postura imperativa e egoísta que busca
sempre os benefícios pessoais, a todo o custo. É como sempre se vê, uma questão
de escolha: com Deus ou sem Deus, com Deus e com o mundo não é possível, Jesus
já avisou.
Fonte: Jefferson Roger
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