Normalmente a história é contada pelo lado vencedor, o lado
que sai perdendo fica abafado. O lado vencedor “pinta” o lado que perdeu como
merecedor disso, enfatizando o porquê de seu sucesso na vitória. Ou seja, temos
que acreditar que a versão de quem ganha é a única verdadeira, pois a versão de
quem perde não é lícita de crédito.
Na vida real sempre foi mais ou menos assim. Vejamos os
casais: tudo vai as mil maravilhas até que, se eventualmente separam-se, ele ou
ela deixou de prestar e mais, já nem prestava antes do ocorrido. Nas empresas é
a mesma coisa: se é um excelente funcionário até que você, tentando sustentar
um princípio, ponto de vista ou postura de caráter, contrarie alguma coisa que
a empresa queira de você. Pronto, é passado de bonzinho para vilão num piscar
de olhos e a solução vem de imediato: basta demitir e colocar outro no lugar,
afinal, a fila de espera por um emprego sempre é extensa.
Como vemos as coisas são assim em nossa sociedade, o mal que
fazemos vale mais que o bem que fazemos. Até certo ponto tem que ser assim,
pois um assassino e estuprador de menores não pode ser inocentado no tribunal
porque disse para o juiz que na infância e adolescência ele foi um aluno
exemplar! Se o inocentasse diríamos que ele foi um mal juiz.
Os dois lados da história possuem pesos diferentes, Deus
julgará o homem por um critério diferente do critério humano. Biblicamente está
escrito que não adianta praticarmos o bem em nome de Jesus se praticarmos
outras ações que são contrárias a isso. Por outro lado, os ensinos bíblicos
também nos mostram que não podemos criar uma história separando-a de uma história
que não envolva Deus em nossas vidas, pois no dia do juízo final, a contradição
entre elas, entre a história que deveríamos ter vivido e escolhemos não vive-la
para viver a nossa opção, a opção B que, quem sabe, teria sido uma opção
ofertada pelo demônio, essa contradição poderá depor contra o réu. Num momento
como esse, que não existe mais o tempo, nem para o arrependimento, toda a
eternidade na felicidade dos céus, poderá ter sido jogada na lama.
Fonte: Jefferson Roger
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