segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Que Deus é esse?


Quanto mistério envolve a pessoa de Deus... Para muitos é difícil conectar o “Deus” do antigo testamento, que mandava povos serem exterminados, com o “Deus” do novo testamento, que é denominado como sinônimo de amor. Um Deus que pune, castiga, exige sofrimentos sem conta e nos fornece apenas o básico: seu sopro de vida para que possamos rastejar pelas pedras até o céu.

Tudo nos é explicado pelas sagradas escrituras com relatividade e muitos panos encobrem muitas questões. A bíblia diz que não sabemos pedir como convém e diz que Deus dá o que precisamos e não o que queremos. Diz também que ele sabe de nossa necessidade antes mesmo que peçamos. Jesus disse que quem o vê, vê o Pai. Para piorar ainda mais a situação as escrituras nos “comunicam” que devemos agradecer, agradecer e agradecer por tudo que recebemos: tudo mesmo!

Quanto mais se aprofunda em sua palavra o risco de uma frustração nessa relação com ele vai aumentando; e mistérios em cima de mistérios vão erguendo uma gigantesca barreira de dúvidas. Até os santos reclamavam diretamente com ele, cabe um exemplo de Santa Teresa de Ávila, disse a santa ao próprio Cristo em colóquio com o ressuscitado: “se é assim que trata teus amigos, não à toa que tem tão poucos”.

Uma coisa já está muito clara em nossas vidas: não recebemos tudo que pedimos em oração. Sobre a oração, outros problemas surgem: é ensinado que ela é um diálogo com Deus, difícil crer. Alguns defendem usando as escrituras que falam que Deus fala de muitos modos e é o ser humano que não consegue ouvir por estar aprisionado as coisas que passam, ao materialismo e egoísmo do mundo. Mas como explicar pessoas que passam uma vida inteira se esforçando em oração e em viver o evangelho e só recebem, quando muito, migalhas?

Diz que Deus quer que tenhamos vida e vida em abundância. Abundância de problemas, tribulações, preocupações e dificuldades. Temos o que comer, onde morar, onde dormir, o que vestir, saúde, um emprego, filhos nos estudos, ausência do mal em família e temos que agradecer! E os que não têm? Devem agradecer também? Essas então não são graças comuns?

Tiago 1,2-3 – “Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência”. Tudo se resume na fé e em depositar toda a vida em Deus, na pessoa de Jesus Cristo, infusos pelos dons do Espírito Santo e auxiliados por Maria Santíssima para que nossa vida não perca sentido, seja enfadonha, monótona ou rotineira. Ademais se lê em Deuteronômio 29,29 que Deus só nos revelou o que é vital sabermos para nossa salvação.

Fonte: Jefferson Roger


 

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