sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

A mensagem do silêncio


Ficar quieto e não fazer nada são coisas completamente diferentes. O ser humano embora muitas vezes não se dê conta dessa realidade, a vive diariamente. Ou algum cristão acha que, por Deus não estar falando com a pessoa em locução interior, por exemplo, não está a fazer nada em relação aos acontecimentos do mundo? O ditado popular diz que o sujeito que nada faz fica de braços cruzados, esperando cair do céu (seja lá o que tenha pedido).

Outro dito afirma que Deus ajuda quem cedo madruga; bem oposto do primeiro; num, se cruza os braços, no outro, se arregaça as mangas e mãos à obra.

Ademais, em relacionamentos interpessoais, que vão atravessando anos após anos, as pessoas vão aprendendo por experiência e convivência o que quer dizer o comportamento do outro. A forma de olhar, de falar, de se expressar facialmente, gesticular, tom de voz, atitudes corporais ou simplesmente o ficar em silêncio, dizem muita coisa e passam muitas vezes mensagens tão claras que nenhuma palavra a mais é necessária.

Todavia, as pessoas, apegadas aos sentidos, carecem por esse vício de escutar ou, como diz outro ditado popular, ver com os próprios olhos. A realidade humana, que imita a natureza divina, é assim nesse aspecto. Nós cristãos não precisamos embarcar numa fé que, acima de tudo diz que devemos acreditar naquilo que não se vê?

Deus se comunica e nunca ouvimos porque queremos usar apenas os sentidos; ainda assim podemos usa-los para “ouvir” os recados e puxões de orelha divinos, mas, soterrados pelas coisas do mundo, ficamos divagando. E quando queremos alguma coisa e a pedimos a Deus e parece que ele vai nos conceder e, de repente, ele “tira o pirulito da nossa boca depois que sentimos o gostinho?” Pois é, e ainda por cima temos que ama-lo como primeira coisa que devemos fazer em vida, apesar de tudo e acima de tudo. Só compreendemos um porquê dessa natureza quando enxergamos que isso tudo faz parte do preço que precisamos pagar para entrar na glória eterna do paraíso. Jesus é taxativo: “quem quer se salvar, renuncie a si mesmo (isso inclui todas as nossas vontades que reafirmamos que rezamos o Pai Nosso), tome sua cruz dia após dia e me siga” – Lucas 9,23. Ademais, em Romanos 8,28 se lê que tudo contribui para aqueles que amam a Deus.

Fonte: Jefferson Roger


 

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