A consciência cristã de sua pequenez, fraqueza e miséria
humana, aliadas ao fato das próprias culpas e da afirmação de Jesus de que sem
ele nada podemos fazer (João 15,5), conduz as pobres e humildes almas a pedirem
constantemente o auxílio celeste. No plano de Deus uma de suas determinações é
que suas criaturas, arrebanhadas ao seu convívio paterno por meio do batismo,
herdeiras, como filhos, do reino dos céus para todo o sempre, precisam viverem
uma vida pautada na caridade. Caridade que se movimenta a dar e que se abre
para receber.
Sendo assim, não é possível ajudar se o sujeito não admite
que precisa de ajuda, seja aqui neste vale de lágrimas e ainda mais, as ajudas
mais necessárias para a próxima etapa de nossas vidas, que são recebidas do
céu. Deus em sua bondade permite que seu exército de anjos nos ajude, permite
em sua bondade que a comunhão dos santos nos ajude, permite que a Virgem Maria,
também interceda por quem a ela recorre, junto ao seu filho Jesus.
Quando deixamos o egoísmo de lado e reconhecemos, como dizem
os santos, que sozinhos só conseguiremos nos condenar ao inferno e sem a ajuda
dos demônios, passamos a procurar de bom grado e grande presteza todo o auxílio
divino. Pedimos sim, muitas graças a Deus, mas pedimos que se rogue por nós
para que nos configuremos ao modelo do Cristo, modelo esse que agrada a Deus.
Pedir que roguem por nós não significa pedir que alguém, mais merecedor, “arranque”
de Deus o que sozinhos não conseguimos receber. Nada disso, Deus quer ouvir
nosso clamor e enxergar um coração contrito, mas se compadece em ver que outros
que nos amam, pedem pelo nosso bem.
Ora, em vida as pessoas não recorrem a nós pedindo que
rezemos por elas? Depois da morte isso ainda permanece até o fim dos tempos,
basta uma passadinha pelo livro do Apocalipse para uma simples constatação.
Pois bem, pedimos, pedimos e pedimos, mas fazemos um claro esforço que
demonstra nossa reta e firme intenção de agir segundo a vontade de Deus? Quem roga
por nós não irá atender favores, irá demonstrar a Deus com seu amor por nós,
que nos quer um dia no céu, pedindo ao altíssimo graças e bênçãos para o aqui e
agora, porém, visando o acolá: a pátria celeste.
Fonte: Jefferson Roger
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