Certamente essa assim como tantas outras perguntas devem
passar em nossos exames de consciência diários que fazemos. Se não fazemos
deveríamos; ao menos três vezes ao dia. Todavia, o ser humano transborda de
grande dificuldade em apontar e reconhecer suas misérias ao mesmo tempo em que
é perito em exaltar o que possui de bom, ou pensa que possui.
Jesus em seu famoso sermão da montanha claramente diz que devemos
fazer ao outro aquilo que gostaríamos que fizessem a nós. Também, na
contrapartida, enfatiza que não devemos fazer o que não gostaríamos que nos
fizessem. Ele está a nos ensinar que a lei, as regras e os preceitos, assim
como seu amor, destinam-se a todos. Quando lemos nas sagradas escrituras que devemos
nos comportar como filhos de Deus, significa dizer, entre outras coisas, que
não podemos nos colocar acima dos outros.
Com certeza talvez o caro leitor esteja lembrando da passagem
que diz que quem quer ser o primeiro, que seja o último, quem quer ser servido,
seja aquele que serve, quem se exaltar será humilhado ao passo que aquele que
se humilhar será exaltado. Todas verdades celestes, ditadas pelo altíssimo e
que atingem todo homem.
E o que faz o ser humano? Resolve aplicar o ensinamento de forma
egoísta, criando argumentos para justificar um uso que se aplica somente aos
outros enquanto punição e somente a si enquanto louros da vitória. Quando não cria
suas justificativas adota justificativas que lhe caibam ao benefício próprio;
tantas dessas apresentadas pelo diabo, astuto embotador de mentes e corações.
E então? Nos comportamos como devemos? Merecemos o pesado
braço da justiça divina sobre nós? Estamos arrependidos e buscamos retornar à
casa do Pai, numa vida de conversão e vivencia na palavra de Deus? Não queremos
o castigo, mas o que fazemos para merecer a glória dos céus? Os salmos nos
dizem que se Deus nos tratasse como merecemos estaríamos perdidos! Por que
então reclamar do que nos fazem se não andamos na linha? A famosa linha torta onde
Deus escreve retamente? Vergonha na cara, é o que precisamos! Romper
definitivamente com os pecados, até os pecadinhos de estimação. Devemos em nosso
exame de consciência pensar assim: Jesus, você merece ser traído. Então nossos
olhos se abrirão e o véu cairá, a dor no coração brotará com sua contrição e um
ódio por tudo que fazemos ou fizemos a Deus e ao próximo clamará pelo perdão e
a misericórdia divinas! E assim, reconciliados viveremos aquela paz que só
Jesus pode nos dar. Porque, afinal, ele não merece, jamais!
Fonte: Jefferson Roger
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