Ou será que corre? Vale a reflexão, pois certamente, muitos
de nós já passamos pela sensação de ter sido abandonados por Deus. No meio
cristão fala-se da noite escura da alma esse afastamento que Deus promove em
relação a sua criatura. É uma provação por causa do amor, como lemos no livro
de Tobias 12,13 – “Mas porque eras agradável ao Senhor, foi preciso que a
tentação te provasse”.
Todavia o que pretendemos abordar aqui é, deixando aquela narrativa
das noventa e nove ovelhas de lado, o livre arbítrio que coloca o homem numa
delicada posição em relação as escolhas que faz e a salvação de sua alma. Vale
o destaque bíblico para duas passagens diretamente envolvidas com o tema apontado.
Eclesiástico 15,18-20 – “A vida e a morte, o bem e o mal
estão diante do homem; o que ele escolher, isso lhe será dado, porque é grande
a sabedoria de Deus. Forte e poderoso, ele vê sem cessar todos os homens. Os
olhos do Senhor estão sobre os que o temem, e ele conhece TODO o comportamento
dos homens”.
Romanos, capítulo 01, fala sobre as pessoas que abandonam os
ensinamentos de Deus promovendo atitudes completamente contrárias ao seu
querer. Esse tipo de pessoa nos relata a bíblia que: Romanos 1, 24-25 – “Deus
os entregou aos desejos dos seus corações, à imundície, de modo que desonraram
entre si os próprios corpos. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e
adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que é bendito pelos séculos.
Amém!” Romanos 1, 26-32 – “Deus os entregou a paixões vergonhosas: as suas
mulheres mudaram as relações naturais em relações contra a natureza. Do mesmo
modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns
para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus
corpos a paga devida ao seu desvario. Como não se preocupassem em adquirir o
conhecimento de Deus, Deus entregou-os aos sentimentos depravados, e daí o seu
procedimento indigno. São repletos de toda espécie de malícia, perversidade,
cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade.
São difamadores, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, soberbos, altivos,
inventores de maldades, rebeldes contra os pais. São insensatos, desleais, sem
coração, sem misericórdia. Apesar de conhecerem o justo decreto de Deus que
considera dignos de morte aqueles que fazem tais coisas, não somente as
praticam, como também aplaudem os que as cometem”.
Como vemos, está claro, se o homem quiser, Deus permite que
ele se afaste. Na parábola do filho pródigo narrada por Jesus, vemos a mesma
situação; o pai não foi atrás do filho, permitiu que ele saísse de casa, mas
acolheu com alegria quando arrependido retornou.
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