O poderio do demônio para aliciar uma alma induzindo-a ao
pecado é imenso. Tanto é que num confronto direto contra ele não possuímos
meios para vence-lo; por isso Jesus Cristo nos ensinou que sem ele (Jesus) não
podemos fazer nada – João 15,5. E se o Cristo disse esse “nada”, certamente
temos que entender que está incluído combater as tentações do inimigo.
Não nos foi ensinado na oração do Pai Nosso – ensinada pelo
ressuscitado – que devemos pedir a Deus que “não nos deixeis cair em tentação”?
Pois bem, fica claro que precisamos do altíssimo também para isso, para que não
caiamos em tentação.
Todavia quando caímos – essa derrocada significa dizer que
uma brecha em nossos corações foi aberta e o espaço destinado a ser preenchido
pelo amor de Deus e para ser morada da santíssima trindade cede espaço, por
culpa nossa, aos mandos do demônio – passamos da condição de servos de Deus a
escravo do diabo.
E não adianta nos debatermos achando que é diferente, pois,
a entrega voluntária do homem às suas paixões (Romanos 1), promove um abandono
de vida receptiva para a graça celeste. O cuidado especial passa a ser apenas
um cuidado genérico que Deus tem por suas criaturas.
E como escravos do diabo, somos tomados pelo seu poder, um
poder destruidor, onde nos dá tudo quanto queremos cobrando no agora quase
nada. É a droga do prazer e satisfação que embota a mente, envenena os sentidos
e remove toda lucidez necessária para enxergar e compreender que o caminho que
se está percorrendo não é mais o caminho estreito e apertado que conduz para a
pátria celeste.
Tobias 6,16-17 – “O anjo respondeu-lhe [Anjo Rafael]:
Ouve-me, e eu te mostrarei sobre quem o demônio tem poder: são os que se casam,
banindo Deus de seu coração e de seu pensamento, e se entregam à sua paixão
como o cavalo e o burro, que não têm entendimento: sobre estes o demônio tem
poder”. Como vemos a mensagem do anjo é muito clara e vale para um espectro mais
abrangente em nossas vidas. Se banirmos Deus de nossos corações abrimos mão de
nossa condição de herdeiros do reino dos céus e aceitamos o jugo que o poder do
mal irá impor sobre nossos ombros, tornando-os submissos e escravos de Satanás.
Sempre lembramos por aqui: de nossa parte é uma questão de escolha.
Fonte: Jefferson Roger
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