“Feliz o homem que suporta a tentação. Porque, depois de
sofrer a provação, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam.
Ninguém, quando for tentado, diga: É Deus quem me tenta. Deus é inacessível ao
mal e não tenta a ninguém. Cada um é tentado pela sua própria concupiscência,
que o atrai e alicia. A concupiscência, depois de conceber, dá à luz o pecado;
e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Não vos iludais, pois, irmãos meus
muito amados” – Tiago 1,12-16.
Como vemos, São Tiago nos recorda que a concupiscência é um
meio pelo qual nosso inimigo procura fendas em nosso sistema de defesa para
manchar nossos corações com o veneno do mal. São Paulo aos Efésios diz que se
vivermos acatando os desejos de nossa concupiscência seremos objetos da ira
divina: “E vós outros estáveis mortos por vossas faltas, pelos pecados que
cometestes outrora seguindo o modo de viver deste mundo, do príncipe das
potestades do ar, do espírito que agora atua nos rebeldes. Também todos nós
éramos deste número quando outrora vivíamos nos desejos carnais, fazendo a
vontade da carne e da concupiscência. Éramos como os outros, por natureza,
verdadeiros objetos da ira (divina)” – Efésios 1,1-3.
Por fim, São João nos anima ao desapego das coisas do mundo
porque elas nos frutificam para as coisas que passam nos afastando da glória
dos céus: “Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, não
está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo - a concupiscência da
carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida - não procede do Pai, mas
do mundo. O mundo passa com as suas concupiscências, mas quem cumpre a vontade
de Deus permanece eternamente” – João 2,15-17.
Desta forma, percebemos que o mal que nos aflige insistentemente,
ao ponto de Jó descrever a vida como uma luta diária, é alvo de atenção
constante; do contrário, cedendo a ele, seremos transformados, por nossa culpa,
em inimigos de Deus (Tiago 4,4).
Fonte: Jefferson Roger
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