Eclesiástico 7,36-40 – “Estende a mão para o pobre, a fim de
que sejam perfeitos teu sacrifício e tua oferenda. Dá de boa vontade a todos os
vivos, não recuses esse benefício a um morto (a sua oração feita de boa
vontade, pedindo a Deus por ele e o consolo aos familiares). Não deixes de
consolar os que choram, aproxima-te dos que estão aflitos. Não tenhas preguiça
de visitar um doente, pois é assim que te firmarás na caridade. Em tudo o que
fizeres, lembra-te de teu fim, e jamais pecarás.”
Eclesiástico 38,1-24 – “Honra o médico por causa da
necessidade, pois foi o Altíssimo quem o criou. (Toda a medicina provém de
Deus), e ele recebe presentes do rei: a ciência do médico o eleva em honra; ele
é admirado na presença dos grandes. O Senhor fez a terra produzir os
medicamentos: o homem sensato não os despreza. Uma espécie de madeira não
adoçou o amargor da água? Essa virtude chegou ao conhecimento dos homens. O
Altíssimo deu-lhes a ciência da medicina para ser honrado em suas maravilhas; e
dela se serve para acalmar as dores e curá-las; o farmacêutico faz misturas
agradáveis, compõe unguentos úteis à saúde, e seu trabalho não terminará, até
que a paz divina se estenda sobre a face da terra. Meu filho, se estiveres
doente não te descuides de ti, mas ora ao Senhor, que te curará (se for útil
para sua alma, lembre-se que Deus vê os corações).
Afasta-te do pecado, reergue as mãos e purifica teu coração
de todo o pecado. Dá lugar ao médico, pois ele foi criado por Deus; que ele não
te deixe, pois sua arte te é necessária. Virá um tempo em que cairás nas mãos
deles. E eles mesmos rogarão ao Senhor que mande por meio deles o alívio e a
saúde (ao doente) segundo a finalidade de sua vida. Meu filho, derrama lágrimas
sobre um morto, e chora como um homem que sofreu cruelmente. Sepulta o seu
corpo segundo o costume, e não descuides de sua sepultura. Chora-o amargamente
durante um dia, por causa da opinião pública, e depois consola-te de tua
tristeza; toma luto segundo o merecimento da pessoa, um dia ou dois, para
evitar as más palavras.
Pois a tristeza apressa a morte, tira o vigor, e o desgosto
do coração faz inclinar a cabeça. A tristeza permanece quando (o corpo) é
levado; e a vida do pobre é o espelho de seu coração. Não entregues teu coração
à tristeza, mas afasta-a e lembra-te do teu fim. Não te esqueças dele, porque
não há retorno; de nada lhe servirás e só causarás dano a ti mesmo. Lembra-te
da sentença que me foi dada: a tua será igual; ontem para mim, hoje para ti. Na
paz em que o morto entrou, deixa repousar a sua memória, e conforta-o no
momento em que exalar o último suspiro”.
Fonte: Jefferson Roger
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