Nas palavras do Padre Tomaz de Kemphis assim se refere o
sacerdote em relação aos pecados dos prazeres, que embotam a mente, o corpo e
os sentidos e, como os entorpecentes, mexem na química do corpo promovendo
inclusive uma alteração da razão. Assim, afastados de Deus por estar
convencidos a respeito de uma nova verdade, a pessoa entra por uma viela
tortuosa na vida que não lhe permite mais perceber o quão grave suas escolhas
se tornarão.
Sozinhos, como atesta o Cristo (João 15,5), não se pode
retornar para a vida da graça.
Ademais, ainda que retornemos, nos vale a exortação
apostólica de São Paulo aos Coríntios que nos diz que “estando de pé, cuidemos
para não cair”. Trata-se da recaída, que coloca a alma num estado ainda mais
deplorável que o início da derrocada: Mateus 12, 43-45 – “Quando o espírito
impuro sai de um homem, ei-lo errante por lugares áridos à procura de um
repouso que não acha. Diz ele, então: Voltarei para a casa donde saí. E,
voltando, encontra-a vazia, limpa e enfeitada. Vai, então, buscar sete outros
espíritos piores que ele, e entram nessa casa e se estabelecem aí; e o último
estado daquele homem torna-se pior que o primeiro. Tal será a sorte desta
geração perversa”.
Aqui é preciso tomar ciência de que sobre o que Jesus nos
ensina também estão incluídos os espíritos malignos tentadores, que trabalham
de forma organizada e hierárquica em máximo empenho para seduzir corações e
mentes e arrastar as almas divinas para a condenação eterna.
Como bem lembram os apóstolos, pecados geram pecados e
assim, é para baixo, cada vez mais para baixo que a alma vai, por sua culpa e
escolhas desalinhadas com a vontade de Deus, condenando-se ao inferno e,
infelizmente, tornando-se inimigo do altíssimo, já que abraçou a amizade do
mundo: “Adúlteros, não sabeis que o amor do mundo é abominado por Deus? Todo aquele
que quer ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” – Tiago 4,4.
Fonte: Jefferson Roger
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