quinta-feira, 13 de maio de 2021

Fácil de cometer, difícil de abandonar


Nas palavras do Padre Tomaz de Kemphis assim se refere o sacerdote em relação aos pecados dos prazeres, que embotam a mente, o corpo e os sentidos e, como os entorpecentes, mexem na química do corpo promovendo inclusive uma alteração da razão. Assim, afastados de Deus por estar convencidos a respeito de uma nova verdade, a pessoa entra por uma viela tortuosa na vida que não lhe permite mais perceber o quão grave suas escolhas se tornarão.

Sozinhos, como atesta o Cristo (João 15,5), não se pode retornar para a vida da graça.

Ademais, ainda que retornemos, nos vale a exortação apostólica de São Paulo aos Coríntios que nos diz que “estando de pé, cuidemos para não cair”. Trata-se da recaída, que coloca a alma num estado ainda mais deplorável que o início da derrocada: Mateus 12, 43-45 – “Quando o espírito impuro sai de um homem, ei-lo errante por lugares áridos à procura de um repouso que não acha. Diz ele, então: Voltarei para a casa donde saí. E, voltando, encontra-a vazia, limpa e enfeitada. Vai, então, buscar sete outros espíritos piores que ele, e entram nessa casa e se estabelecem aí; e o último estado daquele homem torna-se pior que o primeiro. Tal será a sorte desta geração perversa”.

Aqui é preciso tomar ciência de que sobre o que Jesus nos ensina também estão incluídos os espíritos malignos tentadores, que trabalham de forma organizada e hierárquica em máximo empenho para seduzir corações e mentes e arrastar as almas divinas para a condenação eterna.

Como bem lembram os apóstolos, pecados geram pecados e assim, é para baixo, cada vez mais para baixo que a alma vai, por sua culpa e escolhas desalinhadas com a vontade de Deus, condenando-se ao inferno e, infelizmente, tornando-se inimigo do altíssimo, já que abraçou a amizade do mundo: “Adúlteros, não sabeis que o amor do mundo é abominado por Deus? Todo aquele que quer ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” – Tiago 4,4.

Fonte: Jefferson Roger


 

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