Pedi, pedi e pedi a Deus por um auxílio, uma ajuda: nunca
tive. Esse Deus que pregam por aí que me cobra muito sofrimento e me oferece
muitas tribulações como paga para a entrada em seu reino, não quero. A vida já
é tão difícil e a luta diária pelo pão de cada dia já é muito penosa, porque
ainda ter que aceitar essas imposições de um Deus castigador? Não preciso.
Pois bem, estamos livres para escolher que caminho seguir,
por mais que doa para Deus permitir que nos afastemos dele, pois como diz no
Eclesiástico ele não obriga porque não quer uma multidão de filhos inúteis e
infiéis. De fato, se pedimos e pedimos e pedimos algo a Deus e não recebemos,
talvez já tenhamos recebido, mas não reconhecemos porque o que ele nos deu é o
que precisamos e não o que queremos.
Não se diz que uma criança é mimada quando os pais fazem
todas as suas vontades? Essa criança, ao seu respeito, podemos dizer que tem um
bom comportamento, adequado às situações necessárias de se viver? Pois é, as
coisas se tornam difíceis para crianças assim e piores quando permanecem assim
e se tornam adultas. A realidade humana busca imitar a realidade divina, pois é
exatamente assim que Deus age, ele mão mima ninguém para o próprio bem da alma.
Portanto, nada de pedir o que não está alinhado com a vontade do altíssimo.
Como se sabe, não querer a participação divina em nossas vidas
por conta de toda a carga de tribulações que vem do todo poderoso, mais uma vez
dizemos, é opção de cada um. Todavia, lemos nas sagradas escrituras que Deus
corrige e castiga aqueles que ama e lemos que tudo contribui para aqueles que
amam a Deus.
Jesus disse em João 15,5 – “sem mim nada podeis fazer”.
Então quem julga não precisar de Deus para “tocar” a sua vida porque ele apresenta
um amor cheio de exigências – lembrando que dor é filha do amor – precisa ter
consciência de que o caminho é um e o remédio para evitar a condenação eterna
(para os que creem) também: chama-se Jesus Cristo.
Fonte: Jefferson Roger
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