Se não sabemos das coisas então, como nos ensinam as
sagradas escrituras que busquemos ao Senhor. Que peçamos pela sua sabedoria; nisso
consiste sermos humildes e conscientes de nossa dependência por ele. Muitas
vezes o orgulho próprio e o ego impedem que a pessoa aproveite essas
oportunidades de demonstrar, seja em qualquer instância de sua vida, uma
simplicidade de saber, de viver e de ser sábio, conforme nos pede, ensina e
orienta, nosso Senhor Jesus Cristo.
É um horror para muitos ser arguidos sobre algo e ter que
dizer que “não sabe”! Como se isso lhe fosse diminuir perante alguém. Jesus já
deu a dica: “quem se exaltar será humilhado, seja o seu sim, sim e o seu não,
não”.
O sujeito, então, ao contrário do que Deus espera, falando
em termos espirituais, não procura conservar em si o ensinamento que vem dos
céus, escolhe a sabedoria que São Tiago vai chamar de diabólica: “Mas, se
tendes no coração um ciúme amargo e gosto pelas contendas, não vos glorieis,
nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que vem do alto, mas é uma
sabedoria terrena, humana, diabólica” – Tiago 3,14-15.
E, de forma mais grave ainda, não podemos, sabendo de algo,
dizer que não sabemos porque essa é uma omissão pecaminosa; foi o que aconteceu
na tentação que Pedro caiu em frente a oportunidade de professar em público que
seguia Jesus Cristo, no que, por medo de morrer naquele momento, professou o
seu “não sei”: “Passada quase uma hora, afirmava um outro: Certamente também
este homem estava com ele [com Jesus Cristo], pois também é galileu. Mas Pedro
disse: Meu amigo, NÃO SEI o que queres dizer. E no mesmo instante, quando ainda
falava, cantou o galo. Voltando-se o Senhor, olhou para Pedro. Então Pedro se
lembrou da palavra do Senhor: Hoje, antes que o galo cante, negar-me-ás três
vezes. Saiu dali e chorou amargamente” – Lucas 22,59-62.
Todavia, o relato conta que o arrependimento de Pedro o
levou a chorar amargamente; que possamos também nós, pelas faltas cometidas e
ofensas contra Jesus Cristo e Maria Santíssima, que em nossas fraquezas caímos
por tentação não conseguindo, por culpa própria, evitarmos, chorar amargamente
com um coração contrito e firme propósito de não mais cair, afinal é o que
lemos quando Jesus estende a mão aos pecadores humilhados: “vá e não peques
mais”.
Fonte: Jefferson Roger
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