quarta-feira, 26 de maio de 2021

Tentações vencidas


Sempre existirão, Deus quis que o homem atravesse seu percurso de vida envolto num mar de tentações, de todos os tipos e de todas as espécies. Isso é algo que o ser humano de fato só irá compreender plenamente no céu, pois, se fizermos uma analogia com os pais terrenos e suas proles, não conseguiremos imaginar que eles encaminhem seus filhos numa jornada por uma caminho que seja mais perigoso e arriscado que outro; existindo a vereda mais correta e livre de empecilhos é por ali que o pai mandaria seu filho.

Mas, elas nos acompanharão até o suspiro final. E Jesus oficializou a coisa nos ensinando a pedirmos ajuda para não cairmos em tentação. Haja tentação, Deus quis, pelo jeito, que nossa vida tivesse “graça”, não fosse uma monotonia rumo à pátria celeste.

Quem está de pé, cuide para que não caia, lemos na carta aos Coríntios. Alerta importantíssimo pois só iremos deixar de correr risco de queda quando a morte nos transformar. Até lá estaremos pisando em ovos a cada passo que buscamos dar para frente. O emaranhado das tentações é oceânico e sempre quer nos perder de vista. A sutileza e o sortilégio do mal revestem e maquiam o velho em novo e transformam em novidade o que já estava decretado como algo que não faz bem.

O repertório maligno é vasto e bem organizado, e os pecados – o vírus da alma – uma vez instalados na pessoa se espalham e corroem a retidão dos pensamentos e atitudes. O Salmo nos exorta a andarmos no caminho do Senhor, por si só ele já apresenta as suas dificuldades, por que ainda permitimos que a curiosidade nos mova na direção das “novidades” do mundo e de nosso inimigo cruel?

Jó nos recorda muito bem que a vida do homem nesta terra é uma luta constante; diariamente temos que superar degraus na subida para a glória do paraíso ou, infelizmente, desistir e abraçar a decida do caminho espaçoso do mundo. Ou vencemos as tentações ou somos vencidos por elas. Escolhemos lutar contra elas considerando-as um mal, ainda que necessário, ou abraça-las, considerando-as objeto de nossos desejos. Sempre temos que escolher.

Fonte: Jefferson Roger


 

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