As coisas que nos pertencem não podem ser delegadas,
transferidas, postergadas, deixadas de lado ou algo do gênero. Se lhe cabe o
fardo e o jugo, não há como comportar-se como se assim não fosse. Isso de que “a
culpa é sua e, portanto, você coloca em quem quiser” não resolve nada.
Tanto é que as coisas são assim, que adotar uma postura
contrária as responsabilidades que nos competem, fatalmente irá resultar em alguns
tipos de perseguições. O ditado popular diz que não adianta fugir dos
problemas, eles nos acompanham; o mesmo vale para tudo que é pertinente a cada
um, certas coisas ninguém mais pode fazer por nós.
Já não é assim em nossa vida natural e material? Ninguém
pode escovar os dentes por você, ninguém pode alimentar-se por você, ninguém
pode tomar banho no seu lugar; seus dentes não ficarão limpos, você não ficará
nutrido e não ficará com a higiene do corpo em dia. Só você pode e deve
realizar essas simples tarefas. E podemos ter certeza: elas sempre nos
perseguirão.
Do outro lado da moeda, quem nos persegue sem cessar é o
mal. Nosso inimigo cruel investe na tentativa de nos derrubar até nosso último
suspiro de vida terrena. Para isso, achegar-se a Jesus e pedir que nos guarde em
suas chagas é medida mais que salutar para o bem da alma. Embora se sabe que o
atrevimento do diabo é imenso, estando muito próximos a Jesus certamente
dificulta a ação do inimigo.
Em suma, são duas as perseguições da vida: uma, devemos
suportar com a graça de Deus, a outra devemos assumir em nosso dever de vida rumo
à pátria celeste. Escolher um modo de vida que modifique essa estrutura pode
causar danos irreparáveis e irreversíveis para a alma, durante a vida e depois
da morte. E já que se está a falar em perseguições, que possamos nós nunca
deixarmos de perseguir o objetivo principal de se viver que é um dia morar na
felicidade eterna do paraíso.
Fonte: Jefferson Roger
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