segunda-feira, 28 de junho de 2021

Criticar e Xingar


Ao que se sabe, podemos presumir que ninguém neste mundo está isento de ser criticado e xingado, ofendido. O ser humano utiliza essas duas ações como arma de combate para os mais variados motivos. Elas são empunhadas em conjunto ou conforme a necessidade de quem as coloca em ação. Criticar alguém ou xingar são atitudes delicadas e não é raro faltar argumentos que endossem esse comportamento.

Olhemos para a vida de Jesus, enquanto peregrino por esta terra, muitos o criticavam, muitos o xingavam; não concordavam com o que ele trazia do céu. A falta de concórdia iniciada pelos que residiam aqui antes da vinda do Messias motivou todo tipo de investida contra o Cristo Redentor. Mas haveria um motivo principal? Tudo afunilaria para algo comum? Podemos refletir sobre a questão.

Por que a reação de se xingar ou criticar alguém? Será que em alguma circunstância é lícito? Contribui de alguma maneira para quem recebe essa ação? Podemos dizer que sim. Quando somos xingados e/ou criticados recebemos de Deus a oportunidade de olharmos para nosso ser e nos avaliarmos de maneira melhor, fazer um verdadeiro “pente fino” em nosso modo de ser, naquilo que fazemos, naquilo que falamos e naquilo que não fazemos ou falamos.

Temos que nos policiar e nos cobrarmos muito, afinal, “o céu é arrebatado a força e são os violentos que o conquistam” – Mateus 11,12. Sabemos, com base no exemplo do Cristo que não estaremos isentos, mas, como ele, podemos estar imunes e esse é nosso foco: estarmos impermeáveis, impenetráveis à ação do mal e de tudo que dele procede.

Não é assim que o mal executa suas investidas contra as almas dos filhos de Deus? O diabo não ataca, ataca e ataca, busca ferir e ferir e ferir, perfurar as barreiras defensivas, tudo em vistas de nos levar para a perdição eterna? A natureza humana busca imitar a natureza divina e, infelizmente, às vezes a natureza maligna. Tiago 3,10-18 – “De uma mesma boca procede a bênção e a maldição. Não convém, meus irmãos, que seja assim. Porventura lança uma fonte por uma mesma bica água doce e água amargosa? Acaso, meus irmãos, pode a figueira dar azeitonas ou a videira dar figos? Do mesmo modo a fonte de água salobra não pode dar água doce. Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre com um bom proceder as suas obras repassadas de doçura e de sabedoria. Mas, se tendes no coração um ciúme amargo e gosto pelas contendas, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que vem do alto, mas é uma sabedoria terrena, humana, diabólica. Onde houver ciúme e contenda, ali há também perturbação e toda espécie de vícios. A sabedoria, porém, que vem de cima, é primeiramente pura, depois pacífica, condescendente, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, nem fingimento. O fruto da justiça semeia-se na paz para aqueles que praticam a paz”.

Fonte: Jefferson Roger


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário