Ao que se sabe, podemos presumir que ninguém neste mundo
está isento de ser criticado e xingado, ofendido. O ser humano utiliza essas
duas ações como arma de combate para os mais variados motivos. Elas são empunhadas
em conjunto ou conforme a necessidade de quem as coloca em ação. Criticar
alguém ou xingar são atitudes delicadas e não é raro faltar argumentos que
endossem esse comportamento.
Olhemos para a vida de Jesus, enquanto peregrino por esta
terra, muitos o criticavam, muitos o xingavam; não concordavam com o que ele
trazia do céu. A falta de concórdia iniciada pelos que residiam aqui antes da
vinda do Messias motivou todo tipo de investida contra o Cristo Redentor. Mas
haveria um motivo principal? Tudo afunilaria para algo comum? Podemos refletir
sobre a questão.
Por que a reação de se xingar ou criticar alguém? Será que
em alguma circunstância é lícito? Contribui de alguma maneira para quem recebe
essa ação? Podemos dizer que sim. Quando somos xingados e/ou criticados
recebemos de Deus a oportunidade de olharmos para nosso ser e nos avaliarmos de
maneira melhor, fazer um verdadeiro “pente fino” em nosso modo de ser, naquilo
que fazemos, naquilo que falamos e naquilo que não fazemos ou falamos.
Temos que nos policiar e nos cobrarmos muito, afinal, “o céu
é arrebatado a força e são os violentos que o conquistam” – Mateus 11,12.
Sabemos, com base no exemplo do Cristo que não estaremos isentos, mas, como
ele, podemos estar imunes e esse é nosso foco: estarmos impermeáveis,
impenetráveis à ação do mal e de tudo que dele procede.
Não é assim que o mal executa suas investidas contra as
almas dos filhos de Deus? O diabo não ataca, ataca e ataca, busca ferir e ferir
e ferir, perfurar as barreiras defensivas, tudo em vistas de nos levar para a
perdição eterna? A natureza humana busca imitar a natureza divina e, infelizmente,
às vezes a natureza maligna. Tiago 3,10-18 – “De uma mesma boca procede a
bênção e a maldição. Não convém, meus irmãos, que seja assim. Porventura lança
uma fonte por uma mesma bica água doce e água amargosa? Acaso, meus irmãos,
pode a figueira dar azeitonas ou a videira dar figos? Do mesmo modo a fonte de
água salobra não pode dar água doce. Quem dentre vós é sábio e inteligente?
Mostre com um bom proceder as suas obras repassadas de doçura e de sabedoria.
Mas, se tendes no coração um ciúme amargo e gosto pelas contendas, não vos
glorieis, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que vem do alto,
mas é uma sabedoria terrena, humana, diabólica. Onde houver ciúme e contenda,
ali há também perturbação e toda espécie de vícios. A sabedoria, porém, que vem
de cima, é primeiramente pura, depois pacífica, condescendente, conciliadora,
cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, nem fingimento. O
fruto da justiça semeia-se na paz para aqueles que praticam a paz”.
Fonte: Jefferson Roger
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