quarta-feira, 30 de junho de 2021

Dificuldades e desigualdades


Ouve-se no meio do povo que todos são iguais perante Deus; de fato isso é verdade e até atestado está nas sagradas escrituras: “Deus não faz distinção de pessoas” – Atos 10,34. Da parte do altíssimo então, a mensagem é que as moradas celestes foram criadas para todos. Quando na bíblia lemos sobre os eleitos trata-se das pessoas que, após conhecerem a proposta de Deus, decidiram por seguir o caminho de Jesus Cristo que nos conduzirá para a felicidade eterna do paraíso, não importando o custo dessa caminhada.

Todavia, o ser humano pode cair na tentação de achar que Deus, na prática, não age assim com tanta imparcialidade, pois, ao se olhar ao redor, o que mais se vê é um cenário de dificuldades e grandes desigualdades sociais. A tentação diabólica tenta colocar esse Deus na inexistência ou culpa-lo pelas coisas ruins que nos acontecem, colocando sobre ele o título de mentiroso. Ou ainda, propagar que Deus “soltou” todo mundo aqui na terra e cada um que se vire.

Pois bem, como todo poderoso ele poderia num estalar de dedos resolver todos os problemas, mas, ele sempre quis a participação e iniciativa das pessoas. Ele não é dono de hotel que está à nossa disposição para nos servir; é o dono do céu que busca um convívio sadio e amoroso para com suas criaturas, seus filhos adotivos pela graça do batismo. Ademais, tanto é que deseja a movimentação humana que, entre outras coisas, estabeleceu os mandamentos para orientar as atitudes do homem para com ele e para com o próximo.

O que faz então o homem? Deixa o egoísmo sobrepor-se a caridade e ao amor e as desigualdades acontecem; agindo assim faz sofrer no agora o próximo, porém, no amanhã, na prestação divina de contas, suas atitudes podem recompensa-lo com um pesar muito maior: o sofrimento eterno da alma. Eclesiastes 12,13-14 – “Em conclusão: tudo bem entendido, teme a Deus e observa seus preceitos, é este o dever de todo homem. Deus fará prestar contas de tudo o que está oculto, todo ato, seja ele bom ou mau”.

Fonte: Jefferson Roger


 

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