A morte tem sua veia paradoxal; ela é benvinda e também não
é. Tudo depende do olhar que lançamos sobre a questão. Sabemos que é
necessária, “ao pó voltarás” – disse nosso criador. Ela é recheada de atributos,
marca o final de uma etapa e o início de outra. Se pela fé cremos que temos uma
alma eterna, então reconhecemos que ela está mais próxima do que podemos
imaginar; pois o que é uma vida terrena de muitos anos comparando-se à vida
eterna?
Todavia, essa passagem de estado de vida que ela marca, além
de caracteriza-la como um portal, marca o fim de nossa temporalidade. Hoje, temos
tempo para nos esforçar em viver uma vida pautada no evangelho, nos mandamentos
e que agrade a Deus. Temos tempo para deixar os erros, deixar as reincidências
do mal que praticamos insistentemente e nos movimentarmos no sentido de uma
verdadeira, sincera, profunda e definitiva conversão.
Ela causa medo para alguns? Causa sim! Medo da forma como se
vai morrer? Também! Morte repentina ou não? Também, afinal, já dissemos, assim
que morrermos não teremos mais tempo para nos endireitarmos na vida. Caberá, na
frente do justo juiz – Nosso Senhor Jesus Cristo, dar explicações, não desculpas,
e recebermos o prêmio ou a condenação, pois, acabou o tempo e as chances que
recebemos em vida, antes do episódio da morte.
E ela sucede a morte das mortes. A morte na cruz de nosso
redentor, que aceitou precisar viver isso para que cada um depois de sua
própria morte pudesse retornar para a pátria celeste, na felicidade eterna no
reino dos céus. Então podemos dizer: que alegria será morrer! Não diz São Paulo
que morrer é lucro? Se assim pensava é porque vivia uma vida em conformidade
com o que Deus nos pede. Ao contrário, tristeza seria ser ceifado por ela em
meio a uma vida totalmente desviada do caminho que Jesus abriu para nós (João 14,6).
Fonte: Jefferson Roger
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