sexta-feira, 16 de julho de 2021

Morte, alegria e tristeza


A morte tem sua veia paradoxal; ela é benvinda e também não é. Tudo depende do olhar que lançamos sobre a questão. Sabemos que é necessária, “ao pó voltarás” – disse nosso criador. Ela é recheada de atributos, marca o final de uma etapa e o início de outra. Se pela fé cremos que temos uma alma eterna, então reconhecemos que ela está mais próxima do que podemos imaginar; pois o que é uma vida terrena de muitos anos comparando-se à vida eterna?

Todavia, essa passagem de estado de vida que ela marca, além de caracteriza-la como um portal, marca o fim de nossa temporalidade. Hoje, temos tempo para nos esforçar em viver uma vida pautada no evangelho, nos mandamentos e que agrade a Deus. Temos tempo para deixar os erros, deixar as reincidências do mal que praticamos insistentemente e nos movimentarmos no sentido de uma verdadeira, sincera, profunda e definitiva conversão.

Ela causa medo para alguns? Causa sim! Medo da forma como se vai morrer? Também! Morte repentina ou não? Também, afinal, já dissemos, assim que morrermos não teremos mais tempo para nos endireitarmos na vida. Caberá, na frente do justo juiz – Nosso Senhor Jesus Cristo, dar explicações, não desculpas, e recebermos o prêmio ou a condenação, pois, acabou o tempo e as chances que recebemos em vida, antes do episódio da morte.

E ela sucede a morte das mortes. A morte na cruz de nosso redentor, que aceitou precisar viver isso para que cada um depois de sua própria morte pudesse retornar para a pátria celeste, na felicidade eterna no reino dos céus. Então podemos dizer: que alegria será morrer! Não diz São Paulo que morrer é lucro? Se assim pensava é porque vivia uma vida em conformidade com o que Deus nos pede. Ao contrário, tristeza seria ser ceifado por ela em meio a uma vida totalmente desviada do caminho que Jesus abriu para nós (João 14,6).

Fonte: Jefferson Roger


 

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