Quando estamos numa leitura atenta, mergulhados em seu
enredo – até fazendo parte da mesma – vamos adentrando cada vez mais fundo na
história do livro e, página por página, vamos virando, virando e virando,
ansiosos por chegarmos ao final. Para o leitor, as horas passam tão rapidamente
ao ponto de ser fácil nem se dar conta do tempo transcorrido; isso porque havia
o maior interesse naquilo que se estava fazendo.
Pois bem, não dizem as “línguas” por aí que a vida dá para escrever
um livro? Pois é, nossa vida, de fato, não deixa de ser uma história que a cada
dia vamos virando a página. E página virada na vida ou pode ser lembrada,
relembrada, lamentada ou agradecida. Podemos colher boas lembranças ou não,
podemos lembrar por mais de uma vez, sentir verdadeiro pesar por causa dos
erros ou um agradecimento por termos feito a coisa certa.
O problema, no entanto, do pobre pecador, é que ele não quer
virar páginas e mais páginas, não quer avançar em sua jornada de vida, quer
ficar estacionado neste ou naquele assunto de sua jornada. Pior é quando são
assuntos que desagradam a Deus, que espera de cada um uma caminhada que busque
alcançar a estatura do Cristo (1ª Coríntios 11,1 – Efésios 5,1).
Não adianta, é como dizia o Padre Duarte Sousa Lara: “é
preciso romper com o pecado definitivamente; não adianta tentar encher um balde
de água que está furado, primeiro é preciso tampar o buraco”. Ou seja, vire a página,
tome uma atitude, converta-se e volte para os braços abertos de Deus. E mais, é
preciso ainda deixar o egoísmo de lado para que, a cada virada de página,
aqueles que fazem parte de sua vida o acompanhem, pois, não estamos sozinhos e
não devemos viver como se o fôssemos transformando todos e tudo em objetos a
nosso dispor. Temos uma reputação (de filhos de Deus) para cuidar e um dever de
nos comportarmos como tal. Certamente não iríamos querer que quando chegar a
última virada de página que Deus irá dar no dia do juízo final, no fim dos
tempos, ficássemos do lado que foi virado (condenados) e sim do lado que foi
aberto (a entrada no reino dos céus).
Fonte: Jefferson Roger
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