quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Bico fechado


Deus espera de cada um as obras (Apocalipse 22,12), espera mais ação e menos falação. Porém, não se deve pensar que toda fala deve ser evitada uma vez que “a fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo” – Romanos 10,17. Pois bem, lemos em Tiago 3,19-22 que “todo homem deve ser pronto para ouvir, porém tardo para falar e tardo para se irar; porque a ira do homem não cumpre a justiça de Deus. Rejeitai, pois, toda impureza e todo vestígio de malícia e recebei com mansidão a palavra em vós semeada, que pode salvar as vossas almas. Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos”.

Eclesiástico 18,19 – “Antes de julgar, procura ser justo; antes de falar, aprende”. Pois, como vemos, de nada adianta multiplicar palavras vazias formando imenso vozerio perturbador dos sentidos e do coração. “Há quem se cale e é considerado sábio, e quem se torne odioso pela intemperança no falar. Há quem se cale por não saber falar, e há quem se cale porque reconhece quando é tempo (de falar). O sábio permanece calado até o momento (oportuno), mas o leviano e imprudente não espera a ocasião. Aquele que se expande em palavras, prejudica-se a si mesmo; quem se permite todo o desregramento torna-se odioso. Para o homem desprovido de instrução há proveito na infelicidade, mas há certas descobertas que lhe acarretam a ruína” – Eclesiástico 20,5-9.

E com esses trechos bíblicos nos fica bem claro a importância da fala em nossas vidas, tão importante quanto saber falar e o que falar, aprendemos a primordialidade do saber ouvir, para aprender.

Fonte: Jefferson Roger


 

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