Certamente é comum o ser humano se deparar em algum ponto de
sua vida com um nível de injustiça imposto por Deus para si em relação ao que
vivem outras pessoas. A tendência de não se reconhecer “servo inútil” – Lucas 17,11
é muito grande e o sujeito sempre vai achar que vale mais ou que merece mais do
que Deus lhe dispõe.
Mas por que isso? A culpa é própria e está atrelada ao termo
de comparação muito baixíssimo que a pessoa disponibiliza para se posicionar em
relação aos outros e em relação a Deus. Agindo assim, sempre tende a achar que
está muito melhor que os outros e muito mais próximo de Deus que os demais.
Então, por que o altíssimo lhe coloca tantos problemas, lhe nega tantos pedidos
e, para esbofetear de vez sua cara, concede aos outros, mais do que a você?
Uma baita de uma sacanagem! Sendo assim, para se certificar
a respeito da malandragem desse velhote que chamam de Deus e que eu começava a
crer, resolvo dar uma olhadinha em seu manual, a tal da bíblia e, bingo! Lá
está escrito que ele não faz distinção de pessoas (Atos 10,34). Achei a
mentirada! Faz sim, eu que mereço mais que o outro sou injustiçado e a vida parece
melhor para este ou aquele e ele ou aquele tem e recebe mais do que eu. Que injustiça!
Assim pensam muitos.
Pois bem, não é nada disso – isso é coisa do inimigo – , os
desígnios de Deus, seus caminhos e modo de pensar e agir são diferentes dos
nossos. Nossa maneira de olhar para tudo, se não estiver alinhada ao seu propósito,
só irá nos dificultar as coisas durante a caminhada rumo à pátria celeste. Ora
bolas, não somos únicos para Deus? Cada pessoa não é um ser exclusivo?
Reconhecido pelo nome? Não somos um elefante no meio da manada, somos um
alguém; então por que queremos para nós o que Deus concede a outrem se os
caminhos e as realidades são diferentes? Claro, quando lemos nas sagradas escrituras
que Deus não faz distinção de pessoas temos que entender que o céu é para todos
e ele irá conceder os meios para que todos cheguem até ele, mas, a cada um, com
suas particularidades. Se não compreendermos isso, sofreremos mais que o
necessário e mais facilmente podemos ceder às ofertas da opção “b”: o diabo.
Fonte: Jefferson Roger
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