sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Tolerância zero


Na carta aos romanos 1,28-32, o apóstolo descreve uma lista com vinte tipos de pecadores condenados. Depois, no início do próximo capítulo, vem o “puxão de orelha” ao exortar o leitor a respeito de uma atitude intolerante, julgando com rigidez o próximo quando se esquece algumas qualidades de Deus: “Assim, és inescusável, ó homem, quem quer que sejas, que te arvoras em juiz. Naquilo que julgas a outrem, a ti mesmo te condenas; pois tu, que julgas, fazes as mesmas coisas que eles. Ora, sabemos que o juízo de Deus contra aqueles que fazem tais coisas corresponde à verdade. Tu, ó homem, que julgas os que praticam tais coisas, mas as cometes também, pensas que escaparás ao juízo de Deus? Ou desprezas as riquezas da sua bondade, tolerância e longanimidade, desconhecendo que a bondade de Deus te convida ao arrependimento? Mas, pela tua obstinação e coração impenitente, vais acumulando ira contra ti, para o dia da cólera e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo as suas obras: a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, buscam a glória, a honra e a imortalidade; mas ira e indignação aos contumazes, rebeldes à verdade e seguidores do mal” – Romanos 2,1-8.

Todavia, um detalhe não pode passar despercebido neste trecho: Deus age com tolerância perante a fragilidade humana uma vez que sua bondade, como lemos no versículo, nos convida ao arrependimento. Ademais, lemos no livro dos Salmos que se Deus nos tratasse segundo nossos merecimentos – ou seja, com tolerância zero – estaríamos perdidos.

Parece que a tolerância está ligada também à paciência; pois o indivíduo de pavio curto explode ao menor sinal de algo desalinhado ao seu modo de ver as coisas agindo sem ponderação alguma. Ainda bem que Deus não foi feito a nossa imagem e semelhança e sim o contrário. Todavia, a tolerância zero é benvinda e quer saber onde? Acertou se pensou na luta contra o pecado, pois contra os ataques do demônio devemos agir com tolerância zero, não concedendo margem para que ele consiga tempo nosso para promover suas ofertas de perdição.

Fonte: Jefferson Roger


 

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