Aquele ou aquela que foi escolhida para ser o intercessor
junto de Deus. Essa é uma das melhores definições atribuídas para a palavra
padroeira. No caso do nosso tão sofrido e chacoalhado Brasil – Nossa Senhora da
Imaculada Conceição Aparecida – tem essa missão: diante de seu filho Jesus,
pede por todos, com aquele amor que uma mãe tem por seu filho, um amor que não
deseja que ele jamais se perca.
Ela é “nossa”, pois nos foi confiada por seu filho Jesus no alto
da cruz. Ela é “senhora”, pois é mãe de ninguém menos que o Rei do Universo – o
Cristo Rei, que está sentado a direita do pai, donde há de vir a julgar os
vivos e os mortos e o seu reino não terá fim.
É “imaculada conceição”, pois por desígnio especial de Deus –
criador do céu e da terra, de toda as coisas visíveis e invisíveis – concedeu-lhe
a graça da pureza virginal (depois de uma concepção de pais santos), para
preparar seu útero para a chegada do menino Jesus, que veio ao mundo padecer na
carne o preço de nossa ofensa contra o altíssimo e resgatar para sempre a salvação
e o retorno ao paraíso.
É “aparecida” porque não se omitiu ao seu papel perante a
humanidade; não ficou escondida com medo de enfrentar as batalhas e dificuldades.
Como Jesus que disse que não se escondeu para pregar o evangelho, em sua glória,
ela não cansa de trabalhar em favor dos refugiados pecadores; poderia cruzar os
braços e viver a felicidade eterna do paraíso junto de seu filho, mas sua
missão se encerra quando estivermos com ela e a santíssima trindade na glória e
felicidade eternas no reino dos céus, preparado para os que irão ouvir de Jesus
o ‘vinde benditos de meu pai’.
Em vida não recorremos durante a caminhada, mesmo depois de adultos
– para aqueles que ainda possuem – ao auxílio e assistência materna de nossas mães,
para questões de natureza corporal, material e até mesmo espiritual? Ora bolas,
Deus quis agraciar a todos com uma mãe poderosíssima que não substitui o papel
do Cristo, único mediador entre Deus e os homens. O papel de nossa padroeira é
interceder por cada um junto de Deus. E convenhamos: não é melhor contar com uma
ajuda a mais na subida rumo aos céus? Jesus já garantiu que sem ele nada
podemos fazer (João 15,5); e como onde está o filho ali está sua mãe, contar
com a ajuda de Maria Santíssima para nos configurarmos ao modelo de Jesus,
contribui ainda mais para que a ajuda do crucificado aconteça em nós com maior
profundidade e intensidade, pois, se Maria intercede por nós, para seu filho
isso significa que queremos ele em nossas vidas.
Fonte: Jefferson Roger
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