quarta-feira, 13 de outubro de 2021

A padroeira


Aquele ou aquela que foi escolhida para ser o intercessor junto de Deus. Essa é uma das melhores definições atribuídas para a palavra padroeira. No caso do nosso tão sofrido e chacoalhado Brasil – Nossa Senhora da Imaculada Conceição Aparecida – tem essa missão: diante de seu filho Jesus, pede por todos, com aquele amor que uma mãe tem por seu filho, um amor que não deseja que ele jamais se perca.

Ela é “nossa”, pois nos foi confiada por seu filho Jesus no alto da cruz. Ela é “senhora”, pois é mãe de ninguém menos que o Rei do Universo – o Cristo Rei, que está sentado a direita do pai, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos e o seu reino não terá fim.

É “imaculada conceição”, pois por desígnio especial de Deus – criador do céu e da terra, de toda as coisas visíveis e invisíveis – concedeu-lhe a graça da pureza virginal (depois de uma concepção de pais santos), para preparar seu útero para a chegada do menino Jesus, que veio ao mundo padecer na carne o preço de nossa ofensa contra o altíssimo e resgatar para sempre a salvação e o retorno ao paraíso.

É “aparecida” porque não se omitiu ao seu papel perante a humanidade; não ficou escondida com medo de enfrentar as batalhas e dificuldades. Como Jesus que disse que não se escondeu para pregar o evangelho, em sua glória, ela não cansa de trabalhar em favor dos refugiados pecadores; poderia cruzar os braços e viver a felicidade eterna do paraíso junto de seu filho, mas sua missão se encerra quando estivermos com ela e a santíssima trindade na glória e felicidade eternas no reino dos céus, preparado para os que irão ouvir de Jesus o ‘vinde benditos de meu pai’.

Em vida não recorremos durante a caminhada, mesmo depois de adultos – para aqueles que ainda possuem – ao auxílio e assistência materna de nossas mães, para questões de natureza corporal, material e até mesmo espiritual? Ora bolas, Deus quis agraciar a todos com uma mãe poderosíssima que não substitui o papel do Cristo, único mediador entre Deus e os homens. O papel de nossa padroeira é interceder por cada um junto de Deus. E convenhamos: não é melhor contar com uma ajuda a mais na subida rumo aos céus? Jesus já garantiu que sem ele nada podemos fazer (João 15,5); e como onde está o filho ali está sua mãe, contar com a ajuda de Maria Santíssima para nos configurarmos ao modelo de Jesus, contribui ainda mais para que a ajuda do crucificado aconteça em nós com maior profundidade e intensidade, pois, se Maria intercede por nós, para seu filho isso significa que queremos ele em nossas vidas.

Fonte: Jefferson Roger


 

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