Será que devemos confiar em um ou em outro? Ou será que
podemos confiar em ambos? A santas palavras de Deus falam muito a esse respeito
e por ela podemos tirar grandes e delicados proveitos. Para início de reflexão,
as leis bíblicas ensinam ao ser humano um comportamento adequado para a
interrelação entre as pessoas e entre estas e seu criador. De exemplo, entre
tantas passagens, podemos destacar o sermão da montanha de Jesus Cristo, os
aconselhamentos de Tobit no livro de Tobias e as valiosas exortações do livro
do Eclesiástico.
Todavia, eis que em Jeremias, a palavra de Deus nos ensina a
não confiarmos no homem, vejamos: “Eis o que diz o Senhor: Maldito o homem que
confia em outro homem, que da carne faz o seu apoio e cujo coração vive distante
do Senhor! – Jeremias 17,5. Ou seja, como estamos vendo, em certos tipos de pessoas não devemos confiar.
Porém, em Eclesiástico 2,6 – “Põe tua confiança em Deus e
ele te salvará; orienta bem o teu caminho e espera nele. Conserva o temor dele
até na velhice”. Eclesiástico 4,17-20 – “Quem nela (na sabedoria divina) põe
sua confiança tê-la-á como herança e sua posteridade a possuirá, pois na
provação ela anda com ele, e escolhe-o em primeiro lugar. Ela traz-lhe o temor,
o pavor e a aprovação. Ela o atormenta com sua penosa disciplina, até que,
tendo-o experimentado nos seus pensamentos, ela possa confiar nele. Então ela o
porá firme, voltará a ele em linha reta e o acumulará de alegria”.
Eclesiástico 9,22-23 – “Põe tua glória no temor de Deus. Que
o pensamento de Deus ocupe o teu espírito, e os preceitos do Altíssimo sejam a
tua conversa”. Eclesiástico 11,21-33 – “Permanece firme em tua aliança com
Deus; que isto seja sempre o assunto de tuas conversas. E envelhece praticando
os mandamentos. Não prestes atenção ao que fazem os pecadores; põe tua
confiança em Deus, e limita-te ao que fazes. É, com efeito, coisa fácil aos
olhos de Deus enriquecer repentinamente o pobre. A bênção divina não se faz
esperar para recompensar o justo. Em pouco tempo ele o faz crescer e dar fruto.
Não digas: De que preciso eu? Que tenho a esperar doravante? Não digas
tampouco: Eu me basto a mim mesmo; que mal posso temer para o futuro? No dia
feliz não percas a recordação dos males, nem a recordação do bem no dia
infeliz. Pois no dia da morte é fácil para Deus dar a cada um conforme o seu
comportamento. A dor de um instante faz esquecer os maiores prazeres; com a
morte do homem, todos os seus atos serão desvendados. Não louves a homem algum
antes de sua morte, pois é em seus filhos que se reconhece um homem. Não tragas
um homem qualquer à tua casa, pois numerosas são as armadilhas do que engana.
Assim como sai um hálito fétido de um estômago estragado, assim como a perdiz
atrai para a armadilha, e o cabrito para os laços, assim é o coração dos
soberbos, e daquele que está à espreita para ver a ruína do próximo.
Transformando o bem em mal, ele arma ciladas, e põe nódoas nas coisas mais
puras”.
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Maldito o homem que confia em outro homem
Fonte: Jefferson Roger
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