segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Almas desapegadas


Jesus Cristo em sua radicalidade, confirma que Deus pede das pessoas um amor incondicional para com ele e ao próximo também. No entanto, a coisa parece, para olhares destreinados, meio paradoxal, pois, parece que amar assim denota uma grande dose de apego. Como amar sem se apegar? É o que acompanhamos na trajetória bíblica.

Alguns exemplos bíblicos fazem bem. Buscai as coisas do alto em primeiro lugar; buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, deixai que os mortos enterrem os mortos, quem ama seus pais e filhos mais que a mim, não é digno de mim; vende tudo que tens, dá o dinheiro aos pobres e me segue; renuncie a si mesmo, tome sua cruz dia após dia e me siga...

E a lista vai mais longe e os exemplos dentro da tradição católica e vida dos santos também.

No fundo, um olhar bem atento aos ensinamentos da palavra de Deus vai demonstrar que o apego está relacionado a idolatria. E para lembrar, idolatria é colocar alguma coisa ou alguém acima de Deus. 1ª Coríntios 10,14 – “Caríssimos meus, fugi da idolatria”. E a exortação do apóstolo não poderia ser mais sábia, pois, deveríamos pensar: se perdermos a Deus por causa de nossa idolatria, perderemos o céu, enquanto que, quando julgamos perder outras coisas, como bens materiais, empregos, saúde e pessoas, por exemplo, ainda assim, embora venham os sofrimentos e consequências, o céu não está perdido, pois as aparentes perdas não colocam a alma no inferno. Vamos a um exemplo de que perder algo não é tão ruim assim? Dado pelo próprio Jesus:

Mateus 10,39 – “Aquele que tentar salvar a sua vida, perdê-la-á. Aquele que a perder, por minha causa, reencontrá-la-á”.

Fonte: Jefferson Roger


 

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