Jesus Cristo em sua radicalidade, confirma que Deus pede das
pessoas um amor incondicional para com ele e ao próximo também. No entanto, a
coisa parece, para olhares destreinados, meio paradoxal, pois, parece que amar
assim denota uma grande dose de apego. Como amar sem se apegar? É o que
acompanhamos na trajetória bíblica.
Alguns exemplos bíblicos fazem bem. Buscai as coisas do alto
em primeiro lugar; buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, deixai que
os mortos enterrem os mortos, quem ama seus pais e filhos mais que a mim, não é
digno de mim; vende tudo que tens, dá o dinheiro aos pobres e me segue;
renuncie a si mesmo, tome sua cruz dia após dia e me siga...
E a lista vai mais longe e os exemplos dentro da tradição
católica e vida dos santos também.
No fundo, um olhar bem atento aos ensinamentos da palavra de
Deus vai demonstrar que o apego está relacionado a idolatria. E para lembrar,
idolatria é colocar alguma coisa ou alguém acima de Deus. 1ª Coríntios 10,14 – “Caríssimos
meus, fugi da idolatria”. E a exortação do apóstolo não poderia ser mais sábia,
pois, deveríamos pensar: se perdermos a Deus por causa de nossa idolatria,
perderemos o céu, enquanto que, quando julgamos perder outras coisas, como bens
materiais, empregos, saúde e pessoas, por exemplo, ainda assim, embora venham
os sofrimentos e consequências, o céu não está perdido, pois as aparentes
perdas não colocam a alma no inferno. Vamos a um exemplo de que perder algo não
é tão ruim assim? Dado pelo próprio Jesus:
Mateus 10,39 – “Aquele que tentar salvar a sua vida,
perdê-la-á. Aquele que a perder, por minha causa, reencontrá-la-á”.
Fonte: Jefferson Roger
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