Quem sabe muitos nem reconheçam que tipo de pecado é este,
mas ele existe mundo afora e, infelizmente ganha muito espaço dia após dia
dentro do seio da humanidade. De forma tão organizada pelo mal que seu aspecto –
de abominável por Deus – ganha uma roupagem de algo natural, parte da evolução humana
nos relacionamentos interpessoais.
Jesus Cristo é sempre o mesmo, não possui modas, não é
possível, portanto, ao cristão, compactuar com as ofertas da moda que o mundo
tenta impor sem restrições a todos e ainda dizer que ama a Deus. Não é possível
ao homem amar a dois senhores, nos disse o Cristo. Ou amamos o que vem de Deus ou
o que vem do mundo, cinquenta por cento para cada parte não pode existir, é um
quesito que não pode encontrar equilíbrio. A primazia é sempre pelas coisas do
céu, de Deus, pois, em jogo está a salvação de nossas almas.
“E os homens de Sodoma eram muito perversos, e pecadores
diante da face do Senhor, além da medida” – Gênesis. 13,13. Porém, em nossos
dias sombrios, a homossexualidade, um vício vergonhoso sempre abominável pela
consciência cristã, encontra apologistas proeminentes dentro do próprio seio da
Santa Madre Igreja. Mesmo sabendo-se que a Escritura Sagrada, Tradição, e o
Magistério condenaram poucos pecados de forma mais consistente ou severa do que
os pecados de Sodoma e Gomorra que estabeleceram uma medida do mal pela qual
outros pecados são julgados, como registrado em toda a Bíblia Sagrada.
Vale destacar as palavras de São Tomás de Aquino quando diz
que "ao pecar, o homem se afasta da ordem da razão e, consequentemente, se
afasta da dignidade de sua masculinidade". Isso porque o pecado não é
compatível com a verdadeira dignidade humana, que provém da natureza racional
do homem. Ao cometer um pecado grave, o homem não age de acordo com a razão
certa e a lei de Deus e, assim, perde sua dignidade.
E para encerrar, cabe a nós católicos, por mandato de Deus e
exemplo de Jesus Cristo, nos enchermos de compaixão e rezarmos por aqueles que
lutam contra a tentação violenta de pecar, seja em direção ao pecado
homossexual ou não. Estamos conscientes da enorme diferença entre esses
indivíduos que lutam com suas fraquezas e se esforçam para superá-las e outros
que transformam seu pecado em uma razão de orgulho, e tentam impor seu estilo
de vida à sociedade como um todo, em flagrante oposição à moralidade cristã
tradicional e ao direito natural. No entanto, rezamos por eles também.
De acordo com a expressão atribuída a Santo Agostinho,
"odiamos o pecado, mas amamos o pecador". E amar o pecador, como
explica o mesmo Doutor da Igreja, é desejar a ele o melhor que podemos desejar
para nós mesmos, ou seja, "que ele possa amar a Deus com um afeto
perfeito" e como disse Jesus, renunciar a si mesmo (isso inclui as más paixões),
tomar sua cruz dia após dia e segui-lo – Lucas 9,23.
Fonte: Jefferson Roger
Nenhum comentário:
Postar um comentário