quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

O pecado da Sodomia não é mais pecado?


Quem sabe muitos nem reconheçam que tipo de pecado é este, mas ele existe mundo afora e, infelizmente ganha muito espaço dia após dia dentro do seio da humanidade. De forma tão organizada pelo mal que seu aspecto – de abominável por Deus – ganha uma roupagem de algo natural, parte da evolução humana nos relacionamentos interpessoais.

Jesus Cristo é sempre o mesmo, não possui modas, não é possível, portanto, ao cristão, compactuar com as ofertas da moda que o mundo tenta impor sem restrições a todos e ainda dizer que ama a Deus. Não é possível ao homem amar a dois senhores, nos disse o Cristo. Ou amamos o que vem de Deus ou o que vem do mundo, cinquenta por cento para cada parte não pode existir, é um quesito que não pode encontrar equilíbrio. A primazia é sempre pelas coisas do céu, de Deus, pois, em jogo está a salvação de nossas almas.

“E os homens de Sodoma eram muito perversos, e pecadores diante da face do Senhor, além da medida” – Gênesis. 13,13. Porém, em nossos dias sombrios, a homossexualidade, um vício vergonhoso sempre abominável pela consciência cristã, encontra apologistas proeminentes dentro do próprio seio da Santa Madre Igreja. Mesmo sabendo-se que a Escritura Sagrada, Tradição, e o Magistério condenaram poucos pecados de forma mais consistente ou severa do que os pecados de Sodoma e Gomorra que estabeleceram uma medida do mal pela qual outros pecados são julgados, como registrado em toda a Bíblia Sagrada.

Vale destacar as palavras de São Tomás de Aquino quando diz que "ao pecar, o homem se afasta da ordem da razão e, consequentemente, se afasta da dignidade de sua masculinidade". Isso porque o pecado não é compatível com a verdadeira dignidade humana, que provém da natureza racional do homem. Ao cometer um pecado grave, o homem não age de acordo com a razão certa e a lei de Deus e, assim, perde sua dignidade.

E para encerrar, cabe a nós católicos, por mandato de Deus e exemplo de Jesus Cristo, nos enchermos de compaixão e rezarmos por aqueles que lutam contra a tentação violenta de pecar, seja em direção ao pecado homossexual ou não. Estamos conscientes da enorme diferença entre esses indivíduos que lutam com suas fraquezas e se esforçam para superá-las e outros que transformam seu pecado em uma razão de orgulho, e tentam impor seu estilo de vida à sociedade como um todo, em flagrante oposição à moralidade cristã tradicional e ao direito natural. No entanto, rezamos por eles também.

De acordo com a expressão atribuída a Santo Agostinho, "odiamos o pecado, mas amamos o pecador". E amar o pecador, como explica o mesmo Doutor da Igreja, é desejar a ele o melhor que podemos desejar para nós mesmos, ou seja, "que ele possa amar a Deus com um afeto perfeito" e como disse Jesus, renunciar a si mesmo (isso inclui as más paixões), tomar sua cruz dia após dia e segui-lo – Lucas 9,23.

Fonte: Jefferson Roger


 

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