Certamente não podemos ser ingênuos quando o assunto consiste
na salvação de nossa alma. Poderíamos dizer, conforme o olhar que colocamos
sobre a questão, que somos disputados pelo bem e pelo mal, como se estivéssemos
no meio de um cabo de guerra. No entanto, da parte de Deus, isso se aplica se
ele em nossos corações vê a luta diária que fazemos para vencer o mal, pois, se
não temos iniciativa nesta direção, ele – como lemos na carta aos Romanos – nos
abandona às nossas más paixões.
As coisas são assim, o mal no mundo está muito bem
organizado e, desde que acordamos até irmos dormir, diariamente corremos riscos
e perigos de muitas naturezas. Tanto corpo quanto alma padecem grandes dores no
caminhar rumo ao céu e ficar de pé, é uma coisa muito difícil de se fazer já que
nosso inimigo cruel quer nos escravizar, colocar de joelhos na lama dos pecados
e fazer com que nos tornemos inimigos de Deus.
1ª Coríntios 10,12-13 – “Portanto, quem pensa estar de pé
veja que não caia. Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as
forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas
forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela”.
Como vemos, a culpa pela queda do homem frente ao pecado está intimamente
atrelada ao seu desejo de não “contar” com Deus na luta contra o mal. São pessoas
que sequer rezam o Pai Nosso pedindo que ele não nos deixe cair em tentação.
Quanto ao diabo, sempre astuto e ligeiro, trata de transformar
a convivência com o perigo da danação, uma coisa natural, evolutiva, prazerosa
e querida; dessa forma o filho de Deus não empreende resistência e reação
alguma, ou se faz, o faz em mínima escala, o que só aumenta o risco dos perigos
promoverem os intentos do mal.
Fonte: Jefferson Roger
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