segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

O que importa é o que eu sinto


E eu quero sentir coisas boas, afinal, querer abraçar o sofrimento é coisa para malucos. Para que procurar ou se deleitar em sofrimentos e dificuldades quando aquilo que é bom e prazeroso dá mais brilho à vida? Ora ora, deixemos que os metidos a santos que o façam. Ademais, realmente se trata de um maluco uma pessoa que resolve incutir em si práticas severas em sua vida, para o bom grado de Deus, para se obter o céu. E quando estudamos a biografia desses homens, mulheres e crianças, nos damos conta que é algo quase heroico, senão for insano ou doentio, nada sadio.

Pois bem, existe uma linha a seguir nisso tudo, um tom, um porquê. Os contrários ao raciocínio cristão certamente podem definir como maluco, uma pessoa aceitar passar por sofrimentos muito exacerbados simplesmente para levar a culpa por outro e libertar esse outro de uma dívida impagável. Sofrer voluntariamente por alguém? Sair e deixar o conforto de uma maresia tranquila e uma brisa agradáveis em minha vida para levar na cara e no corpo e no coração, os golpes da maldade no lugar de outra pessoa? Sai de mim! Pois é, Jesus fez tudo isso e a bíblia radicaliza ensinando que devemos ser seus imitadores em tudo (1ª Coríntios 11,1 – Efésios 5,1).

Todavia, tanto é verdade, esse ingrediente na vida do sujeito para que ele possa retornar ao céu, que muitos versículos bíblicos falam da vantagem e do mérito que se recebe ao abraçar a própria cruz e parar de padecer, parar de reclamar das purificações que acontecem em vida, enviadas e queridas por Deus. Ao invés da pessoa sentir prazer em agradar a Deus ela quer sentir prazer em saciar suas vontades e entre elas, nenhuma é agrada-lo.

Deus lhe concede a graça de aumentar sua santidade e vida na graça passando por dificuldades, que podem ser superadas com seu auxílio e oferecidas a ele por amor. Ao invés disso, não enxergando a oportunidade concedida pelo altíssimo, essa dificuldade é posta de lado e soluções próprias são buscadas para substituir a aparente causa. Como exemplo, o viciado, seja lá em que for; ao invés de entregar a Deus sua vontade e abstinência, suplicar seu auxílio, reconhecendo que sozinho não tem forças para superar o mal. Contrariamente afunda-se ainda mais desgraçadamente nesse mal, se extasia com essa recaída, saboreia ainda mais o seu prazer e não vê que com isso se coloca cada vez mais distante da luz de Deus e sua salvação.

Fonte: Jefferson Roger


 

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sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Desobediência e pecado, por que são ofensas?



O sujeito pode cair na tentação de procurar uma resposta para essa questão; e ao não encontrar (por não procurar onde deve), tende a achar que Deus não é ofendido por causa de pecados e desobediência, e sim, por causa de blasfêmias (xingamentos). Afinal, não é assim que as pessoas fazem quando querem ofender alguém? Não partem para o xingamento?

Ademais, ainda corroboram que, se Deus é todo poderoso, onipotente, onisciente e onipresente, o senhor de tudo e de todos, não pode ele nem se ofender com xingamentos! Não diz o ditado popular que “o que vem de baixo não me atinge?” E nós estamos muito abaixo de Deus, põe abaixo nisso.

Então, para completar ainda mais a reflexão, a pessoa lê na bíblia que Jesus disse que todas as ofensas a Deus serão perdoadas (os xingamentos?), com exceção da blasfêmia contra o Espírito Santo. Pois bem, usando dessa linha de raciocínio a pessoa desobedece às leis e regras de Deus pecando e acha que tudo bem, já que ele nos criou livres para escolher o que fazer e como viver. Imagina que ele não se ofenderá com isso, pois permite em nosso livre arbítrio, tomarmos o rumo que desejarmos.

Quanta ilusão o mal cria na pessoa, pois ofender corresponde a “ação de violar uma norma, preceito, regra, etc.; transgressão ou falta”. Nessa definição do dicionário fica muito claro porque se diz que Deus fica ofendido. Porque desobedecer e pecar (transgredir a lei) resulta numa ofensa direta ao promulgador da lei (da regra).

Como vemos, pensando de maneira correta podemos entender que tipo de ofensa acontece contra Deus em nossas más ações. Ele sabe que somos fracos e defeituosos, muito pecadores, afinal, foi ele que nos criou; por isso é tão misericordioso e paciente com os inconstantes seres humanos, que não conseguem permanecer definitivamente na vida da graça, só ao custo muito alto e muita penitência, contando é claro, com uma caminhada de mãos dadas com Jesus Cristo e sua mãe, Maria Santíssima.

Fonte: Jefferson Roger


 

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Hábitos descontrolados se transformam em necessidades inquietantes


Já diziam os santos padres que a alma se torna inquieta enquanto não consegue aquilo que deseja. Isso decorre da sementinha que Deus plantou no interior do ser humano, cujo propósito é fazer de tudo para retornar ao céu, sua pátria de origem. E isso se dá com a rotina de santos e retos hábitos, pautados na santa palavra divina e comprometidos com a salvação da alma.

Rotina essa que não pode fugir ao controle, pois, se assim acontecer, as atitudes irão perecer por conta da influência contrária ao que é bom e de natureza divina, e serão adulteradas para posteriormente serem descontroladas. Sim, neste ponto quem controla a vida não é mais o sujeito, este está escravizado pelo pecado, incapaz de retomar por suas próprias forças o controle da direção que leva para o paraíso e quem sabe, pior ainda, nem o quer mais.

O veneno está inserido, já age dentro da pessoa e esta, doente espiritualmente, já que o pecado é uma realidade da alma, leva uma vida sem aquela paz que Jesus Cristo garantiu aos homens de fé e boa vontade, necessitados de assemelharem-se ao ressuscitado e viverem como um novo Cristo em suas vidas e nas vidas das pessoas.

E assim doentes e inquietos, porque sempre querem mais do doce sabor do pecado na boca que se torna amargo no estômago, não se cansam chafurdarem nesse lamaçal; pobres ovelhas, não são destinadas a isso, foram criadas para o céu, mas o ódio e o compromisso perpétuo do mal contra Deus e seus filhos, aliciam e conduzem ao mal, ao erro e, se a conversão não acontecer em tempo, à condenação eterna.

O aviso está dado por Jesus, a vida consiste numa escolha, que enquanto não for definitiva jamais colocará um fim nas constantes quedas que o pecado promove na vida. Quedas que colocam a pessoa em risco de acostumar-se com elas, com o mal e esquecerem que evitar a dureza e as provações da vida e o desapego a Deus, só credenciam a pessoa para uma vida eterna de trevas.

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Fonte: Jefferson Roger


 

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

O mal da traição


O ato de trair, seja lá como for, é originalmente

 

M al. Lembremos que Judas traiu ninguém menos que

A quele que veio redimir a humanidade e reabrir o caminho que a

L evará para a eternidade. O assunto é rico e já foi muito

 

D etalhado por toda a parte e em todas

A s esferas. No entanto, uma coisa é certa: sua origem não

 

T em raízes benéficas e sendo assim, não importa em que

R ealidade ela se apresenta, não existe justificativa ou algo que possa

A ssocia-la a uma resposta positiva. O remédio no início é amargo, mas cura. A traição no

I nício é doce, mas traz males aos envolvidos, pois, uma

a Ç ão assim é sempre partilhada por no mínimo três pessoas e um ser maligno. Deus

n à o se envolve nas escolhas erradas do ser humano, olha com tristeza e

O ferece a possibilidade do arrependimento e do perdão, antes que a condenação aconteça.


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Fonte: Jefferson Roger
 

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O tempo e o ser humano


Sobre o tempo muito se pode refletir; há quem diga que a única coisa que não muda é o tempo, há quem diga também que o tempo muda tudo. Outros argumentam que as atitudes mudam, pois o tempo não altera nada e sim ações humanas. Alguns ainda comentam que o tempo muda as pessoas.

Pode ser que exista, com uma análise minuciosa sobre todas essas reflexões, alguns pontos de verdade. Todavia, cada um deles se sujeita a uma verdade maior: o tempo é uma unidade de medida. Ele é um predador (já ouvi falarem isso), que nos alcança e cobra as consequências daquilo que fazemos. Também ouvi dizer que ele é nosso amigo, que nos acompanha, transmitindo suas lições.

Biblicamente falando, sobre o tempo nos é ensinado que cabe dentro dele cada momento, cada ação e que Deus é o senhor do tempo: “Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus: tempo para nascer, e tempo para morrer; tempo para plantar, e tempo para arrancar o que foi plantado; tempo para matar, e tempo para sarar; tempo para demolir, e tempo para construir; tempo para chorar, e tempo para rir; tempo para gemer, e tempo para dançar; tempo para atirar pedras, e tempo para ajuntá-las; tempo para dar abraços, e tempo para apartar-se. Tempo para procurar, e tempo para perder; tempo para guardar, e tempo para jogar fora; tempo para rasgar, e tempo para costurar; tempo para calar, e tempo para falar; tempo para amar, e tempo para odiar; tempo para a guerra, e tempo para a paz” – Eclesiastes 3,1-8.

“Aquele que observa o preceito não provará mal algum, e o coração de um sábio conhece o tempo e o julgamento. Porque para tudo há um tempo e um julgamento, e a desgraça pesa muito forte sobre o homem. Ele não conhece o futuro; quem lhe poderia dizer como as coisas se passarão? O homem não é senhor de seu sopro de vida, nem é capaz de o conservar. Ninguém tem poder sobre o dia de sua morte, nem faculdade de afastar esse combate; e o crime não pode salvar o criminoso” – Eclesiastes 8,5-8.

E encerramos o artigo com um lembrete bíblico muito salutar para a salvação da alma: “Meu filho, aproveita-te do tempo, evita o mal; para o bem de tua alma, não te envergonhes de dizer a verdade, pois há uma vergonha que conduz ao pecado, e uma vergonha que atrai glória da graça. Em teu próprio prejuízo não te mostres parcial, não mintas em prejuízo de tua alma” – Eclesiástico 4-23-26.

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Fonte: Jefferson Roger


 

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sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Desejos não atendidos


O tema é recorrente por aqui e mais uma vez a reflexão esbarra nos sentimentos que as pessoas enfrentam cada vez que seus desejos não são realizados, atendidos por Deus. Certamente, um olhar que compara a própria vida com a do próximo vai induzir a pessoa a perguntar: o que é que eu fiz para Deus!? Não nos preocupemos, os desígnios de Deus são insondáveis; Nossa Senhora já nos alertou em suas aparições que no céu tudo nos será revelado.

Pensa-se assim porque o outro leva uma vida diferente e é atendido por Deus em questões que a pessoa que observa, julga não ser. Vale o lembrete, Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, precisou rezar pedindo a Deus pela conversão de seu filho durante quatorze anos. Vejam bem! Santa Mônica! E nós, pessoas comuns, com um coração divido entre as coisas do mundo e de Deus, cheios de fraquezas e oscilações, nos zangamos tão facilmente porque Deus não nos atende, ou não atende como gostaríamos, ou não atende quando queremos ou ainda nos atende de uma forma que não esperamos? Como somos inquietos enquanto Deus é paciente e misericordioso conosco.

Eclesiástico 2,1-7 – “Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação; humilha teu coração, espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça. Aceita tudo o que te acontecer. Na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência. Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus, pelo cadinho da humilhação. Põe tua confiança em Deus e ele te salvará; orienta bem o teu caminho e espera nele. Conserva o temor dele até na velhice”.

Como vemos, o cuidado que Deus tem conosco está relacionado com o que ele quer: a salvação, e não com o que queremos. Ele irá começar a nos atender quando o que pedirmos estiver alinhado com seus desejos e isso tiver relação com a nossa salvação. Como ele conhece nossos corações, para nosso bem, nos priva de alguns pedidos na forma que queremos já que “o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis” – Romanos 8.26. Isso porque ele “não deseja uma multidão de filhos infiéis e inúteis” – Eclesiástico 15,22.

Fonte: Jefferson Roger


 

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Faltam detalhes e explicações bíblicas


Certamente qualquer pessoa que dedicou grande parte de seu tempo em estudar a bíblia se deparou com muitas falhas dentro da mesma. A quantidade de coisas que não possuem explicações claras e a falta de coerência nas narrativas, seja aqui ou acolá, coloca naturalmente muita dúvida sobre os atenciosos leitores que buscam tirar dela o máximo e melhor proveito.

A leitura não é simples, é cheia de solavancos, hora fica fácil entender, hora não, é preciso muito esforço, até literário para que a compreensão aconteça. Os religiosos dizem que é preciso lê-la com a ajuda do Espírito Santo, pois ele inspirou os escritores “porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus” – 2ª Pedro 1,21.

Todavia, mesmo que as escrituras informem que os homens não são autores dos livros sagrados, fica difícil crer piamente uma vez que os falhos seres humanos compilaram ao longo de séculos a coletânea bíblica. Os defensores dizem que também o Espírito Santo inspirou o clero ao longo desse tempo todo para que a lista fosse concluída e a bíblia tomasse forma.

Como ficamos nessa história toda? A resposta para o bem de todos é bíblica: examinai tudo e ficai com o que é bom e aquilo que não nos convém saber é porque Deus assim o quis.

Como vemos, enquanto o homem tentar diminuir a importância bíblica com suas análises, Deus nos mostra através dela que não há com o que se preocupar. Basta ao homem a fé em Deus, transformada em obras – para que não seja uma fé morta (Tiago 2,17 e 26) – e uma vivência inserida no caminho aberto por Jesus Cristo (1ª Coríntios 11,1) para que ao final desta etapa provisória, possamos ouvir de Jesus, as palavras tão esperadas: vinde benditos de meu Pai (Mateus 25,34).

Fonte: Jefferson Roger


 

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quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

A dificuldade da compreensão

Dar ouvidos ao que dizem é uma coisa, ouvir o que se diz também, agora, escutar e entender é outra questão ainda. Colocamos as coisas dessa forma porque podemos ouvir atentamente, palavra por palavra e não entendermos nada; lermos, ouvirmos e nada do que escutamos parece fazer sentido.

Puxa vida, o ser humano é assim, vai vivendo e vai amadurecendo; seu nível de compreensão a respeito de tudo também acompanha essa evolução. Todavia, um cérebro precisa ser treinado para poder compreender as coisas, precisa de exercício e de prática constante para facilitar o acesso ao conhecimento. Mesmo assim, se isso acontecer, ainda pode o sujeito esbarrar em outras dificuldades, dentre elas, a dificuldade de se aceitar verdades opostas. Vamos entender.

Na verdade, parece ser simples, a pessoa “compra” uma verdade que lhe é mais fácil de viver, passado um tempo, seu amadurecimento revela que é preciso “adotar” uma verdade diferente: a verdade de Jesus Cristo. Eis aí um divisor de águas, pois, é preciso um rompimento definitivo. Ou definitivamente vivemos as verdades do mundo ou, definitivamente vivemos as verdades celestes.

Simples: o positivo ou negativo, o bem ou o mal, o céu ou o inferno. Não devia quanto a isso existir dificuldade alguma em compreender o saldo de uma escolha assim. E por que existe? Por causa da briga interna neste campo de batalha chamado corpo humano, que insiste em comandar essa sinfonia da vida, a pessoa sofre tentando se dar bem na vida e ao mesmo tempo agradar a Deus. E o pior de tudo isso é que biblicamente está colocado que isso não é possível acontecer, vamos recordar: “Adúlteros, não sabeis que o amor do mundo é abominado por Deus? Todo aquele que quer ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” – Tiago 4,4.

Fonte: Jefferson Roger

 

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domingo, 16 de janeiro de 2022

Tudo contra todos


Na imensidão de nossas curtas e passageiras vidas muitas vezes nos sentimos como um grão de areia a beira mar. Insignificantes ao ponto de com isso deduzirmos que esta é uma das razões porque Deus parece nos deixar de lado e permitir que a avalanche de ofertas do mundo soterre nossos corações e mentes diariamente. Enchemos nossa cabeça com porquês e para piorar, quando não encontramos as respostas para alguns deles, concluímos coisas erradas sobre Deus. O ser humano é assim, uma das coisas que é tentado a fazer é colocar a culpa em alguém ou em alguma coisa.

Tudo parece conspirar contra o sujeito que corre para todos os lados a procura de uma saída e não encontra. Isso acontece porque não está correndo para o lado certo: o lado onde se encontra Jesus Cristo, que de braços abertos e mãos estendidas espera o pedido sincero de ajuda para se iniciar e perdurar uma caminhada rumo ao céu.

Caminhada cheia de obstáculos e não adianta, eles estão lá e precisam ser transpostos. Ademais, além das tribulações e dificuldades queridas e permitidas por Deus, para nosso crescimento no amor e na santidade, pois com isso o propósito amoroso do criador é um só: que entremos no céu, existe ainda o ataque incessante do mal em nossas vidas. Um mal que movimenta tudo que está ao alcance para nos derrubar. Seu empenho é máximo, disso todos estão certos e quem duvida que se arrisque a pagar o preço de enfrenta-lo sem o auxílio divino, vai ver quão duro é esse combate.

Se por um lado, contra todos o mal investe com tudo, mais abundante ainda é o que o bem pode nos fazer e isso, carece nunca ser esquecido. Romanos 5,17-20 – “Se pelo pecado de um só homem reinou a morte (por esse único homem), muito mais aqueles que receberam a abundância da graça e o dom da justiça reinarão na vida por um só, que é Jesus Cristo! Portanto, como pelo pecado de um só a condenação se estendeu a todos os homens, assim por um único ato de justiça recebem todos os homens a justificação que dá a vida. Assim como pela desobediência de um só homem foram todos constituídos pecadores, assim pela obediência de um só todos se tornarão justos. Sobreveio a lei para que abundasse o pecado. Mas onde abundou o pecado, superabundou a graça. Assim como o pecado reinou para a morte, assim também a graça reinaria pela justiça para a vida eterna, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor”. E assim, caro leitor, se tudo é contra todos, Jesus Cristo foi e é tudo para todos, basta acolhe-lo em nossas vidas e viver o seu evangelho.

Fonte: Jefferson Roger


 

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quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

O diabo e a abstinência


Como sempre se é de esperar, o diabo não abre mão de nada quando o assunto é derrubar uma alma para que ela se precipite ao inferno. Nada lhe passa despercebido, tudo pode ser utilizado como ferramenta no combate entre o bem e o mal. E nós, as pobres almas, fracas e pecadoras, somos o “troféu” tão querido pelo inimigo.

Dentre as ferramentas que ele utiliza, encontra-se a abstinência, sobretudo, quando ela se manifesta em forma de crise. O pecado, que é de natureza espiritual, mas conta com maior ou menor participação do corpo, por causa dessa participação está inserido no contexto da graça ou desgraça, uma ciência. Vamos entender.

O sujeito toma gosto por uma coisa (pessoa, objeto, situação ou um híbrido de tudo isso com algo a mais), esse gosto, assimilado pelo organismo cria na rede neural do indivíduo uma ligação responsável por ele. Quando na batalha para vencer o mal, a pessoa resolve romper com o pecado e afastar-se das ocasiões que podem origina-lo, decretando oficialmente um fim em seu comportamento para tudo aquilo que lhe trazia a vida na desgraça.

O problema aí é que, a partir de então, a rede neural que não foi interrompida segue ativa emitindo seus sinais para que o corpo, que insiste em dominar coração e mente, continue saciando as vontades já enraizadas. Pobre pessoa, sabe muito bem o que enfrenta, pois, aos poucos precisa aumentar sua força de vontade já que a conversão, a mudança de comportamento radical (e tem que ser radical porque se livrar aos poucos é o mesmo que não se livrar), promove no cristão a falta dos velhos hábitos, que inicia um processo gradativo de abstinência.

Abstinência essa que vai cobrar caro pelo seu abandono e conversão com mudança de vida; ao ponto de se manifestar em sua forma grave, a chamada crise de abstinência. Não é assim, por exemplo, com o alcoólatra? Ele a cada copo de bebida diz inutilmente que é o último, que está diminuindo e que quando quiser, ele para. Ah tá... Traduzindo... Não vai parar nunca, já é de estimação o vício que tanto lhe prejudica.

Na abstinência e suas crises acontece o mesmo, quando a pessoa se arrepende e volta para a vida da graça, inicia uma luta maior ainda do que quando não tinha caído pela primeira vez. Se ceder e recair (fato que Jesus alertou ser ainda mais grave e até sete vezes pior de se reerguer), perde a cada combate o esforço para superar a crise que não quer se separar de forma alguma. Durante esses momentos, certamente o demônio, assalta o penitente com incansáveis tentações e situações de queda, pois sabe que a fraca alma possui muitas feridas difíceis de cicatrizar por conta de uma vida de pecados. E para essa dificuldade toda as sagradas escrituras nos trazem o grande ensinamento do Ressuscitado: João 15,5 – “sem mim nada podeis fazer”. Isso inclui vencer as batalhas (todas elas) durante a caminhada, subindo rumo ao céu.

Fonte: Jefferson Roger


 

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terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Jesus falava com autoridade


Depois do famoso sermão da montanha, “quando Jesus terminou o discurso, a multidão ficou impressionada com a sua doutrina. Com efeito, ele a ensinava como quem tinha autoridade e não como os seus escribas” – Mateus 7,28-29. E por ser assim, enviado a mando do Pai Eterno para nos ensinar a boa nova e nos ajudar a retornarmos para o céu, Jesus em sua autoridade irá julgar os vivos e os mortos por suas obras – Apocalipse 22,12.

Mesmo assim, o Cristo ainda acrescenta um detalhe: “A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém quiser cumprir a vontade de Deus, distinguirá se a minha doutrina é de Deus ou se falo de mim mesmo. Quem fala por própria autoridade busca a própria glória, mas quem procura a glória de quem o enviou é digno de fé e nele não há impostura alguma” – João 7,16-18.

E a respeito dessa autoridade dada por Deus a Jesus, vale destacar que, como ele e o pai são um só, o lembrete de que o braço justo e pesado de sua justiça divina está a mercê de todos: “Pois se Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os precipitou nos abismos tenebrosos do inferno onde os reserva para o julgamento; se não poupou o mundo antigo, e só preservou oito pessoas, dentre as quais Noé, esse pregador da justiça, quando desencadeou o dilúvio sobre um mundo de ímpios; se condenou à destruição e reduziu à cinzas as cidades de Sodoma e Gomorra para servir de exemplo para os ímpios do porvir; se, enfim, livrou o justo Lot, revoltado com a vida dissoluta daquela gente perversa (esse justo que habitava no meio deles sentia cada dia atormentada sua alma virtuosa, pelo que via e ouvia dos seus procedimentos infames), é porque o Senhor sabe livrar das provações os homens piedosos e reservar os ímpios para serem castigados no dia do juízo, principalmente aqueles que correm com desejos impuros atrás dos prazeres da carne e desprezam a sua autoridade” – 2ª Pedro 2,4-10.

Fonte: Jefferson Roger


 

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segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Tudo é entre você e Deus


Está frase foi dita por muitas pessoas, entre elas, Santa Teresa de Calcutá que disse que “no final das contas tudo é entre você e Deus. Não existem atravessadores. Você não irá entrar no céu pelo mérito de outra pessoa, tampouco será condenado ao inferno por algo que alguém fez de mal. A medida, conforme Jesus nos recordou, se refere a cada um.

Santa Teresa sabia o que dizia pois, como freira e leitora assídua da palavra de Deus, encontrou várias passagens da sagrada escritura que apontam para essa verdade. Entre elas destacamos um trecho do livro de Eclesiastes 12,13-14 – “Teme a Deus e observa seus preceitos, é este o dever de todo homem. Deus fará prestar contas de tudo o que está oculto, todo ato, seja ele bom ou mau”.

Creio não haver dúvida, não é mesmo caro leitor. Mais claro que isso nem é necessário; nada que fazemos escapa a ele e para ele teremos que prestar contas de tudo. Isso inclui tudo aquilo que achamos que não é mal aos nossos olhos, mas aos olhos do altíssimo é. Precisamos da simplicidade bíblica da pomba e de um coração semelhante ao de Jesus Cristo: manso e humilde.

São João Batista muito proveitosamente nos ensinou que devemos diminuir para que o Cristo apareça. Sendo imitadores do salvador, deixaremos de lado nosso modo de levar a vida e passaremos a adotar um modo de levar a vida pautada no exemplo dos exemplos: Jesus Cristo – 1ª Coríntios 11,1 – Efésios 5,1.

Jesus disse que ele e o pai são um e ao ressuscitado foi lhe dado o poder de julgar os vivos e os mortos, então, estaremos cara a cara com aquele que irá permitir ou proibir nossa entrada no céu segundo aquilo que fizemos – Apocalipse 22,12. Sempre lembrando que a bíblia ensina que o julgamento aconteça pelos critérios de Deus e não dos nossos, já que o homem tem a fraqueza de adulterar o divino e se amigar com coisas abomináveis por Deus pois, “não sabeis que o amor do mundo é abominado por Deus? Todo aquele que quer ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus – Tiago 4,4.

Fonte: Jefferson Roger


 

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domingo, 9 de janeiro de 2022

A fascinação do vício


Pois é, se o vício não fosse fascinante não existiria razão para ele existir e sobreviver em meio a humanidade. Alguns ditados falam a esse respeito; um deles diz que tudo que é demais faz mal. Certamente, pois o que é demasiado traz desequilíbrio. Todavia, nosso inimigo número um é muito astuto e consegue convencer o cristão de que o que é demais não faz mal. Seja para o corpo ou para a alma.

Sabedoria 4,12 – “A fascinação do vício atira um véu sobre a beleza moral, e o movimento das paixões mina uma alma ingênua”. E ainda podemos acrescentar à beleza moral, a conduta cristã, pautada nos moldes de Jesus. O vício, que embota e envenena a mente, tira o foco das necessidades mais importantes da vida material e espiritual. Claro, pode se perguntar o leitor, que nem todos os vícios devem ser tratados da mesma forma porque existem em gravidades diferentes.

É certo, no entanto, o perigo não está inicialmente na gravidade do vício e sim na forma como ele é tratado pois, a forma como a pessoa trata um pequeno vício pode ser aplicada para qualquer um. E vale sempre o lembrete que o vício sempre exige mais do sujeito, exige mais tempo do mesmo e uma dose maior de dedicação a ele. Não é assim com as drogas, cigarro, bebidas, sexo desregrado e alimentos em excesso, por exemplo?

Pois bem, a alma se torna inquieta e escravizada pelos entorpecentes do corpo e da mente. Enquanto não é saciada não descansa até obter êxito, após saciada e depois que passa o efeito, corre em busca de mais e de cada vez, doses maiores. Assim é a queda da pobre alma, acorrentada facilmente por não enxergar que a aparência de pequeno e inofensivo escondia sérios problemas para a saúde do corpo e da alma. Quanto antes se colocar em prática a vigilância e sobriedade constantes que Jesus nos alertou a exercer, correremos menos risco desnecessários em nossa caminhada de retorno rumo à pátria celeste.

Fonte: Jefferson Roger


 

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A graça de morrermos cedo


Pois é, quando alguém se vai em idade não avançada alguns dizem que morreu cedo, que tinha uma vida inteira pela frente. Outros arriscam questionar porque os maus vivem mais tempo que muitos bons e lhes é permitido viverem por mais tempo suas maldades do que os bons as suas bondades, inclusive a caridade.

Pois bem, aos olhos e compreensão humanas isso é aceitável de se dizer, mas, com um olhar sobrenatural sobre a questão percebemos que as coisas são diferentes. Quem é muito agradável a Deus ou, recebe uma missão de viver anos prolongados para trabalhar pelo reino do céu aqui na terra ou vive menos para ser poupado. E esta é uma afirmação bíblica: “Quanto ao justo, mesmo que morra antes da idade, gozará de repouso. A honra da velhice não provém de uma longa vida, e não se mede pelo número dos anos. Mas é a sabedoria que faz as vezes dos cabelos brancos; é uma vida pura que se tem em conta de velhice. Ele [o justo] agradou a Deus e foi por ele amado, assim (Deus) o transferiu do meio dos pecadores onde vivia. Foi arrebatado para que a malícia lhe não corrompesse o sentimento, nem a astúcia lhe pervertesse a alma: porque a fascinação do vício atira um véu sobre a beleza moral, e o movimento das paixões mina uma alma ingênua. Tendo chegado rapidamente ao termo, percorreu uma longa carreira. Sua alma era agradável ao Senhor, e é por isso que ele o retirou depressa do meio da perversidade” – Sabedoria 4,7-14.

Como vemos o trecho bíblico confirma que nossa realidade é divina, fomos feitos para o céu e nosso empenho e dedicação para que ela se confirme, se levado a grande termo, nos conduzirá para a glória e felicidade eternas do paraíso muito antes do que imaginamos. Quanto aos maus, embora entregue por Deus às suas paixões desregradas (carta aos Romanos), vivem a cada dia a oportunidade de se arrependerem, se converterem e se tornarem como os bons, para um dia gozarem da presença de Deus e da felicidade eterna.

Fonte: Jefferson Roger


 

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quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Não adianta mesmo


Ou alguém acha que adianta alguma coisa inundar o céu com pedidos e mais pedidos, agir com os outros como gostaríamos que agissem conosco, nos comportarmos como Deus nos pede e como resultado de tudo isso teremos tudo que quisermos e as coisas acontecerão conforme nossos desejos?

Certamente muitos já fizeram este “test-drive” e constataram que as coisas são assim mesmo; ou será que não são?

Quanto aos pedidos a bíblia nos diz que “outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus. Aliás, sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os seus desígnios” – Romanos 8,26-28.

Quanto ao nosso comportamento a bíblia ensina que devemos “sofrer com paciências as demoras de Deus”. Diz também que nossa “recompensa será grande no céu” por suportarmos os que não agem conosco em resposta recíproca ao nosso modo de agir com o próximo.

Como vemos, existem verdades divinas em tudo que passamos e pelo que passamos. O que não adianta mesmo é darmos ouvidos ao inimigo, sempre disfarçado em seu rosto, que busca nos convencer que não adianta mesmo nos relacionarmos com Deus, que não provê o que queremos, não atende os pedidos e ainda por cima cobra bem caro por nossa entrada no céu. Triste engodo do diabo pois, “os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, e ele conhece todo o comportamento dos homens. Ele não deu ordem a ninguém para fazer o mal, e a ninguém deu licença para pecar; pois não deseja uma multidão de filhos infiéis e inúteis” – Eclesiástico 15,20-22.

Fonte: Jefferson Roger


 

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Jesus disse: mude de vida


Em todo o ensinamento de Jesus, por mais que ele desdobre suas palavras em muitas direções, abrangendo o comportamento das pessoas nas mais variadas situações e modos de vida, o salvador sempre aponta para um único cerne. Muito ele discursa sobre como Deus quer que seus filhos se comportem e preocupa-se em demonstrar que esse comportamento vem acima de tudo. Haja vista, para início de conversa, os mandatos divinos, o sermão da montanha e o discurso do pão da vida.

E ele endossa sua palavra sobre como devemos mudar de vida dizendo: vá e não peques mais.

Ou o sujeito muda de vida, pois, afinal é isso que exige a conversão, ou fica com um pé aqui, outro lá. Não pode viver na meninice a vida toda, pois, isso implica numa vida desregrada, na farra, na irresponsabilidade, na falta de mensurar consequências e toda forma de conduta que não traz resultados positivos sob o ponto de vista divino.

Hebreus 5,13-14 – “Ora, quem se alimenta de leite não é capaz de compreender uma doutrina profunda, porque é ainda criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que a experiência já exercitou na distinção do bem e do mal”.

1ª Coríntios 13,11 – “Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança”. É isso que o cristão deve fazer: crescer, tornar-se homem, parar de querer uma vida de infantilidades e falta de responsabilidade, pois, tudo isso é pré-requisito quando o assunto é a salvação da própria alma. E não estamos a falar de idades cronológicas e sim de um amadurecimento verdadeiro e profundo na fé que promove o crescimento da alma no amor e santidade.

Fonte: Jefferson Roger


 

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terça-feira, 4 de janeiro de 2022

A verdadeira aparência do mal


O mal comete seus erros e coloca sobre estes uma aparência de bem. Não pode o mal apresentar-se em sua forma primária, pois isso, decretaria de antemão, sua derrota sem congestionamento algum. Já que o mal é de origem contrária a tudo que é divino precisa sempre comutar suas feições para que o prato seja saboroso aos olhos e sua morte (o salário do pecado – Romanos 6,23) seja disfarçada.

O mal é assim, precisa se esconder, atrás de suas cortinas, precisa atrair com suas ofertas, precisa convencer de que o seu “pacote” de vantagens é melhor e mais lucrativo do que “as migalhas” abundantes de Deus. E o problema é que não chega a ser mentira, pois a filosofia do mal visa o lucro imediato enquanto a verdade de Deus visa o lucro eterno.

O lucro eterno tem o seu preço e por isso tem seus desafios. A pessoa não pode esperar entrar no paraíso vivendo um paraíso aqui nesta terra. Aqui não é um parque de diversões, tampouco nosso corpo e, que depois de terminar a validade do ingresso é hora de voltar para casa. Vale a pena recordar:

“Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação; humilha teu coração, espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça. Aceita tudo o que te acontecer. Na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência. Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus, pelo cadinho da humilhação. Põe tua confiança em Deus e ele te salvará; orienta bem o teu caminho e espera nele. Conserva o temor dele até na velhice” – Eclesiástico 2,1-6.

Fonte: Jefferson Roger


 

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Insatisfação constante


Os santos padres já diziam que uma alma se torna inquieta por não alcançar aquilo que deseja. De forma “pura”, digamos assim, isso é uma coisa boa pois, com uma semente plantada por Deus quando fomos criados, não descansamos enquanto não voltarmos para o seio do Pai Eterno. O filho de Deus, vive o martírio da vida terrena porque sente que foi feito para o céu, para a glória e felicidade eternas.

Todavia, o intrometido do diabo, sempre metendo o dedo onde não é chamado, busca distorcer a natureza humana e promover um olhar alternativo para essa insatisfação constante. Para ela (a alma), é apresentada a opção do mundo, contrária aos desígnios divinos (Tiago 4,4) e a todo esforço, essa opção é vendida aparentemente muito barata e de fácil consumo para as pessoas.

O veneno do inimigo é doce na boca e amargo no estômago, conforme lemos nas sagradas escrituras. E assim, convencidos pelo falso amigo, a serpente ardilosa que sempre se aproxima de forma amistosa, como fez no Jardim do Éden, o sujeito vai aos poucos experimentando os pecados disfarçados de prazeres – dos mais variados tipos – e cada vez mais vai querendo doses maiores dos mesmos.

Jesus nos ensinou sobre a dificuldade de nos levantarmos após nossas quedas e enfatizou que nos reerguermos após as reincidências é mais difícil ainda, então, para isso tudo, nos receitou alguns “remédios”, dentre eles a vigilância e oração constantes, além de contarmos com ele para tudo em nossas vidas (João 15,5).

E para encerrarmos vale recordar que, decidindo-nos por Deus e tudo que dele provêm, tomamos a escolha que nos levará ao céu ao custo de uma caminhada que mostra a que veio. Eclesiástico 2,1-10 – “Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação; humilha teu coração, espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça. Aceita tudo o que te acontecer. Na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência. Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus, pelo cadinho da humilhação. Põe tua confiança em Deus e ele te salvará; orienta bem o teu caminho e espera nele. Conserva o temor dele até na velhice. Vós, que temeis o Senhor, esperai em sua misericórdia, não vos afasteis dele, para que não caiais; vós, que temeis o Senhor, tende confiança nele, a fim de que não se desvaneça vossa recompensa. Vós, que temeis o Senhor, esperai nele; sua misericórdia vos será fonte de alegria. Vós, que temeis o Senhor, amai-o, e vossos corações se encherão de luz”.

Fonte: Jefferson Roger


 

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sábado, 1 de janeiro de 2022

Ano novo e pandemia velha


Outra virada nos números do calendário, outra rodada de repetições de promessas, novas tentativas de colocar projetos antigos em prática e novas perspectivas, além da sempre renovação dos pedidos e agradecimentos. Desta vez, no entanto, a atual geração convive mais acentuadamente com um dos três castigos clássicos promovidos por Deus: a peste, a fome e a guerra, sempre colocados por Deus para corrigir e castigar os pecadores; tudo isso, enquanto ainda há tempo para a conversão e retorno para o caminho do Pai Eterno.

Estamos a relembrar da pandemia (a peste) em que estamos a viver, junto conosco ela atravessou para o ano vigente. Isso, além de nos alertar para a manutenção das medidas necessárias de combate, profiláticas, serve para nos recordar que também precisamos manter e cultivar velhos hábitos e descartar outros tantos.

Os hábitos que imitam Jesus Cristo (1ª Coríntios 11,1 – Efésios 5,1) são os que devem ser mantidos e cultivados, os contrários, que tornam o homem inimigo de Deus (Tiago 4,4), são os que devem ser descartados. Lemos na bíblia que devemos nascer de novo, nascer do Espírito Santo e deixar o homem velho para trás.

Sempre o apelo divino para que deixemos para trás (nem de lado! – para trás!), aquilo que não é saudável para o corpo e para a alma e isso, segundo os critérios divinos já que, como também lemos nas sagradas escrituras que “o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis” – Romanos 8,26.

Jefferson Roger


 

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