sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Compromissos com o pecado


Todo mundo sabe que à medida que a vida avança para seu desfecho, único e certo, em seu decorrer, durante a caminhada rumo ao céu ou rumo ao inferno, muitas escolhas devem ser feitas; e com elas, muitos compromissos. Afinal, responsabilidade é uma coisa que precisa existir na vida de uma pessoa, pois, do contrário, seu estilo de vida será inconsequente.

Assumir compromissos faz parte da vida cristã, o sujeito simplesmente não pode trilhar o caminho da porta estreita sem comprometer-se com Deus, sua palavra e tudo que dele procede. E é aí que começam os problemas, pois, esse comprometimento coloca o cristão numa posição encruzilhante: “não pode servir a dois senhores (Mateus 6,24)” – a Deus e a riqueza, traduzindo: as coisas do mundo e as de Deus. “Adúlteros, não sabeis que o amor do mundo é abominado por Deus? Todo aquele que quer ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” – Tiago 4,4.

Pois bem, então, colocado por Deus nessa situação, caso a pessoa se decida por segui-lo (Eclesiástico 2,1), uma das primeiras coisas que a alma se depara é com a renúncia de muitas coisas, inclusive a si mesmo: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me” – Lucas 9,23. E estas renúncias são disfarçadas pelo diabo, que induz o batizado a crer que ele estaria abandonando coisas boas, que lhe fazem bem, sinônimos de alegrias.

Como trabalha bem esse impostor das eras. A mente é embotada, os sentidos sitiados e sem a ajuda do Cristo (João 15,5) não se torna possível escapar dessas tentações. A alma não consegue se libertar, caminha achando que suas alegrias terrenas em nada irão prejudica-las no dia do seu juízo. Custa a perceber no que se meteu e se mete a cada dia enquanto se compromete com o mal e sua condenação, tão majestosamente disfarçados de bem.

É preciso pedir a Deus, todos os dias, as graças necessárias para nossa santificação e salvação já aqui na terra, e isso inclui, como lemos na santa palavra de Deus, um coração contrito, arrependido por afastar-nos de Deus e dispostos a imitarmos Jesus Cristo.

Fonte: Jefferson Roger


 

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