Assumir compromissos faz parte da vida cristã, o sujeito
simplesmente não pode trilhar o caminho da porta estreita sem comprometer-se
com Deus, sua palavra e tudo que dele procede. E é aí que começam os problemas,
pois, esse comprometimento coloca o cristão numa posição encruzilhante: “não
pode servir a dois senhores (Mateus 6,24)” – a Deus e a riqueza, traduzindo: as
coisas do mundo e as de Deus. “Adúlteros, não sabeis que o amor do mundo é
abominado por Deus? Todo aquele que quer ser amigo do mundo constitui-se inimigo
de Deus” – Tiago 4,4.
Pois bem, então, colocado por Deus nessa situação, caso a
pessoa se decida por segui-lo (Eclesiástico 2,1), uma das primeiras coisas que
a alma se depara é com a renúncia de muitas coisas, inclusive a si mesmo: “Se
alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e
siga-me” – Lucas 9,23. E estas renúncias são disfarçadas pelo diabo, que induz
o batizado a crer que ele estaria abandonando coisas boas, que lhe fazem bem,
sinônimos de alegrias.
Como trabalha bem esse impostor das eras. A mente é
embotada, os sentidos sitiados e sem a ajuda do Cristo (João 15,5) não se torna
possível escapar dessas tentações. A alma não consegue se libertar, caminha
achando que suas alegrias terrenas em nada irão prejudica-las no dia do seu juízo.
Custa a perceber no que se meteu e se mete a cada dia enquanto se compromete
com o mal e sua condenação, tão majestosamente disfarçados de bem.
É preciso pedir a Deus, todos os dias, as graças necessárias
para nossa santificação e salvação já aqui na terra, e isso inclui, como lemos
na santa palavra de Deus, um coração contrito, arrependido por afastar-nos de
Deus e dispostos a imitarmos Jesus Cristo.
Fonte: Jefferson Roger
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