Jesus é bem direto quando adverte as pessoas sob o mal que
elas pretendam fazer para as crianças. Nem poderia ser diferente. A inocência
de uma criança, sua pureza, sua ingenuidade, sua capacidade de enxergar o bem
acima de tudo e perceber nos detalhes a beleza da criação divina, entre outras
facetas, torna essa criatura divina, sem dúvida alguma, uma obra prima do nosso
bom e justo Deus.
Sabe-se que para muitos o adjetivo bom e justo, imputado ao
criador, é palco de muitas discussões, pois parece que nem sempre ele é bom
(pois castiga e corrige) e nem sempre é justo, porque também nos parece que nos
dá muito pouco do muito que pedimos, mas, ao próximo nem sempre é assim.
Afinal, é culpa do egoísmo querer colocar as coisas sob nosso prisma e não sob
o prisma de quem criou o céu e a terra, todas as coisas visíveis e invisíveis.
Enquanto não se deixa moldar o coração e a mente, conforme os
desejos e mandatos divinos, a pobre alma se debate e o corpo quer entrar na equação,
tentando realizar e comandar a caminhada. Sofrem com isso os sentidos que se
veem sitiados pelas tentações do inimigo. Nada, porém, como as crianças, que
até de exemplo nos servem. Jesus mesmo alertou que precisamos nos assemelhar a
elas se quisermos entrar no reino dos céus.
Ademais, para ilustrar ainda mais, no tempo de sua igreja
(Mateus 16,18), aprendemos muito com o exemplo dos santos e santas que partiram
desta vida ainda crianças. São vários exemplos, mas podemos destacar os três
pastorinhos de Fátima, o pequeno Tarcísio e a pequena Imelda, Maria Goreti, só
para citar alguns belíssimos exemplos.
Se deles foi exigido o que foi e corresponderam com
maestria, todos nós não temos desculpa e devemos, no mínimo, fazermos o máximo
de esforço para que o menino Jesus nasça dentro de cada coração, cresça, se
torne o Cristo Crucificado e depois Ressuscitado e caminhe dentro de nós até o
dia de nosso julgamento, quando poderemos receber o prêmio da glória eterna.
Sim, essa criança que quer nascer em cada um é atacada com garras
e presas pelo demônio, ela e todas as nossas pequeninas crianças que precisam
viver nesse mundo cercado de distrações que buscam enfraquecer e minar a fé em
Deus e promover a perda do amor pelas coisas do céu, as coisas que não passam. A
solução é uma só: (João 15,5), “sem mim nada podeis fazer”, disse Jesus Cristo.
É com ele que iremos defender a fé, lutar pelas crianças, que vivem conosco e
que vivem dentro de cada um e percorrer o caminho de mãos dadas com o Cristo e
sua mãe, a sempre Virgem Maria, responsável por nos fazer não esquecer que
devemos “fazer tudo o que ele (seu filho) nos disser”.
Fonte: Jefferson Roger
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