sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

O cálice que o cristão deve beber


Como cristãos, somos sempre chamados a santidade, e o sentido da palavra santo é "outro" ou "separado". Santo é aquilo/aquele que está separado do impuro ou do profano para o serviço de Deus. Não podemos, em situação alguma, fazer parte de algo que está em oposição a Deus. Aqui, como dizia nosso senhor Jesus Cristo: “aquele que tem ouvidos, ouça”. E como disse São Tiago: “quem quiser se fazer amigo do mundo se tornará inimigo de Deus”. Portanto, como disse São Paulo, “devemos examinar tudo e (seguindo os critérios divinos, não os nossos), ficarmos com aquilo que é bom”.

Também, sempre é oportuno lembrar o que diz São Paulo: “Não podeis beber ao mesmo tempo o Cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da Mesa do Senhor e da mesa dos demônios." (1ª Coríntios 10,19-22).

Como vemos, existe diferenças bem aparentes, embora o diabo as disfarce muito bem, entre aquilo que devemos escolher. Muitos tentam agir com relação aos assuntos da alma, da mesma forma, por exemplo, que agem com seu paladar. Podemos compreender e aceitar que todas as pessoas, em seus gostos por bebida, costumam adotar um cardápio pouco ou muito variado e, desde que não cometam excessos, seguem com a saúde do corpo em dia. Bebem, água, sucos, achocolatados, vitaminas, chás e por aí vai.

Já com relação ao “paladar” da alma, esta deve optar por uma única opção apenas: tudo que vem de Deus. É o que nos recorda São Paulo, não podemos “ingerir” das duas fontes. Jesus nos alertou em várias passagens: não podemos agradar a dois senhores, quem não está com ele está contra ele, quem ama alguém mais que a ele, não é digno dele, só para ilustrarmos com algumas passagens.

O cálice que devemos beber é descrito no livro dos salmos: “Senhor, vós sois a minha parte de herança e meu cálice; vós tendes nas mãos o meu destino” – Salmo 15,5.

E a respeito desse nosso dever, nada mais é que a obrigação necessária a mando de Deus Pai para o bem de todos, que teve início quando Jesus veio a terra para sofrer e nos salvar; disso, ele tinha consciência e nos confirmou durante o episódio de sua prisão, quando Pedro queria defende-lo, mas Jesus o proibiu e explicou que cabia ao Cristo tomar parte de nossa salvação dessa maneira: “Mas Jesus disse a Pedro: Enfia a tua espada na bainha! Não hei de beber eu o cálice que o Pai me deu?” – João 18,11.

Fonte: Jefferson Roger


 

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