Como cristãos, somos sempre chamados a santidade, e o
sentido da palavra santo é "outro" ou "separado". Santo é
aquilo/aquele que está separado do impuro ou do profano para o serviço de Deus.
Não podemos, em situação alguma, fazer parte de algo que está em oposição a
Deus. Aqui, como dizia nosso senhor Jesus Cristo: “aquele que tem ouvidos, ouça”.
E como disse São Tiago: “quem quiser se fazer amigo do mundo se tornará inimigo
de Deus”. Portanto, como disse São Paulo, “devemos examinar tudo e (seguindo os
critérios divinos, não os nossos), ficarmos com aquilo que é bom”.
Também, sempre é oportuno lembrar o que diz São Paulo: “Não
podeis beber ao mesmo tempo o Cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não
podeis participar ao mesmo tempo da Mesa do Senhor e da mesa dos
demônios." (1ª Coríntios 10,19-22).
Como vemos, existe diferenças bem aparentes, embora o diabo
as disfarce muito bem, entre aquilo que devemos escolher. Muitos tentam agir com
relação aos assuntos da alma, da mesma forma, por exemplo, que agem com seu
paladar. Podemos compreender e aceitar que todas as pessoas, em seus gostos por
bebida, costumam adotar um cardápio pouco ou muito variado e, desde que não
cometam excessos, seguem com a saúde do corpo em dia. Bebem, água, sucos,
achocolatados, vitaminas, chás e por aí vai.
Já com relação ao “paladar” da alma, esta deve optar por uma
única opção apenas: tudo que vem de Deus. É o que nos recorda São Paulo, não
podemos “ingerir” das duas fontes. Jesus nos alertou em várias passagens: não
podemos agradar a dois senhores, quem não está com ele está contra ele, quem
ama alguém mais que a ele, não é digno dele, só para ilustrarmos com algumas
passagens.
O cálice que devemos beber é descrito no livro dos salmos: “Senhor,
vós sois a minha parte de herança e meu cálice; vós tendes nas mãos o meu
destino” – Salmo 15,5.
E a respeito desse nosso dever, nada mais é que a obrigação
necessária a mando de Deus Pai para o bem de todos, que teve início quando
Jesus veio a terra para sofrer e nos salvar; disso, ele tinha consciência e nos
confirmou durante o episódio de sua prisão, quando Pedro queria defende-lo, mas
Jesus o proibiu e explicou que cabia ao Cristo tomar parte de nossa salvação
dessa maneira: “Mas Jesus disse a Pedro: Enfia a tua espada na bainha! Não hei
de beber eu o cálice que o Pai me deu?” – João 18,11.
Fonte: Jefferson Roger
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